‘Se tiver de aumentar os juros, aumenta’, diz Lula sobre Galípolo

‘Se tiver de aumentar os juros, aumenta’, diz Lula sobre Galípolo

Na arena feroz dos gastos públicos, parece que Fernando Haddad e Lula estão jogando um jogo de gato e rato, onde um tenta cortar com precisão cirúrgica enquanto o outro, sem hesitar, libera recursos como quem abre uma torneira sem controle. Haddad, com a mão firme de um cirurgião, anunciou uma meta ambiciosa de redução de despesas, especialmente com benefícios sociais, como se estivesse tentando estancar uma ferida que ameaça sangrar o país inteiro. Mas, do outro lado, Lula parece agir como um bombeiro descontrolado, despejando recursos em medidas que incham as contas públicas, alheio às consequências a longo prazo.

Essa dinâmica é como assistir a um barco furado, onde um tripulante se esforça para tapar os buracos enquanto o capitão, inconsciente da gravidade da situação, continua a fazer mais furos. A batalha entre cortes e liberações não apenas gera confusão, mas também coloca o país em uma rota de colisão com a realidade fiscal, cada vez mais instável e preocupante.

O presidente Lula, com sua retórica característica, ainda elogia Gabriel Galípolo, seu indicado para a presidência do Banco Central, deixando claro que, para ele, o chefe do BC deve ser alguém que “gosta do país” e não um mero representante do sistema financeiro. No entanto, essa aparente flexibilidade, onde a Selic pode subir ou descer conforme a justificativa apresentada, soa mais como uma tentativa de manter o controle político sobre uma instituição que, por princípio, deveria ser independente.

Enquanto isso, a pressão política do Palácio do Planalto se intensifica, colocando Galípolo em uma posição delicada: entre manter a credibilidade técnica da política monetária e ceder às demandas do governo. É como se ele estivesse prestes a caminhar sobre um campo minado, onde qualquer passo em falso pode desencadear consequências devastadoras para a economia do país.

O que vemos, então, é um jogo perigoso, onde as prioridades econômicas e políticas se chocam de maneira alarmante, deixando o futuro fiscal do Brasil pendurado por um fio. A falta de uma estratégia clara e coesa entre os líderes do governo é tão perturbadora quanto assistir a um trapezista sem rede de segurança, onde qualquer deslize pode ser catastrófico.

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