Seis pacientes contraem HIV após transplante de órgãos no RJ; laboratório é alvo de investigação
Seis pessoas foram diagnosticadas com HIV após receberem órgãos transplantados no Rio de Janeiro. A Vigilância Sanitária determinou o fechamento do laboratório PCS, localizado em Nova Iguaçu, que havia realizado os testes de segurança nos doadores e liberado os órgãos para cirurgia.
O laboratório, que alegava estar fechado para manutenção, foi interditado após falhas nos laudos dos testes de HIV de doadores de órgãos. Esses testes são essenciais para garantir a segurança dos transplantes, e a detecção do vírus só ocorreu meses após as cirurgias, quando um dos pacientes começou a apresentar sintomas neurológicos e testou positivo para HIV, apesar de não ter o vírus antes do procedimento.
Em resposta, as autoridades refizeram os testes com amostras de sangue dos doadores, armazenadas no Hemocentro do Rio. Os resultados confirmaram a presença do HIV nos exames.
Até o momento, seis receptores de órgãos, incluindo pacientes que receberam rins, fígado e coração, foram infectados. O laboratório, porém, não forneceu documentos que comprovem a realização adequada dos testes, o que levou a investigações conduzidas por autoridades de saúde e pela polícia.
O laboratório PCS, contratado para realizar os exames por R$ 11 milhões em dezembro de 2023, está sendo investigado, e seu vínculo com Matheus Vieira, primo do ex-secretário de Saúde do Estado, Dr. Luizinho, chamou a atenção das autoridades.
O Ministério da Saúde, em colaboração com outros órgãos, está conduzindo uma nova rodada de testes em doadores, utilizando métodos mais avançados, para assegurar a segurança dos transplantes no estado. As investigações estão em curso para esclarecer as falhas nos procedimentos.