
Sem Lula, centrais sindicais fazem ato tímido de 1º de Maio e pressionam por fim da escala 6×1
Presidente não compareceu ao evento na capital paulista; sindicatos destacaram pautas como jornada reduzida e isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil.
Nesta quinta-feira (1º), o Dia do Trabalhador foi marcado por um ato na zona norte de São Paulo, organizado por centrais sindicais, mas sem a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Quem representou o governo federal foi o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que chegou ao local por volta das 11h30.
O evento acontece na Praça Campo de Bagatelle, em frente ao Aeroporto Campo de Marte, e conta com a participação de centrais como Força Sindical, CSB, CTB, UGT, Nova Central e Pública. A CUT, apesar de não integrar a organização principal, também participa, tanto na capital quanto em São Bernardo do Campo.
A ausência de Lula foi notada, mas as lideranças sindicais mantiveram o foco nas reivindicações. Os presidentes das centrais, como Miguel Torres, Sérgio Nobre e Antônio Neto, subiram ao palco para cobrar atenção às pautas que tramitam no Congresso Nacional. A principal delas é a PEC 8/25, que propõe o fim da escala 6×1, defendendo uma redução da jornada semanal como forma de promover mais qualidade de vida para os trabalhadores.
Outra demanda destacada foi a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, uma promessa ainda em aberto do governo Lula.
Na noite anterior, o presidente fez um pronunciamento em rede nacional, mencionando a necessidade de repensar o modelo atual de jornada de trabalho. “Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar dos trabalhadores”, afirmou.
Mesmo com muitos espaços vazios na praça, o evento ainda promete atrações musicais ao longo do dia. Entre os artistas confirmados estão Pixote, Sampa Crew e Nando Moreno.