
Sem Provas, Mas Com Prisão? Psol Pede ao STF Detenção Preventiva de Bolsonaro e Braga Netto
Acusações graves se baseiam em delações controversas e inflamam o cenário político
O Partido Socialismo e Liberdade (Psol) deu mais um passo ousado ao solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do general Walter Braga Netto. A alegação? Uma suposta conspiração para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, conforme apontado pela Polícia Federal.
A deputada Erika Hilton (Psol-SP) fez o anúncio nesta terça-feira (19/11), afirmando que ambos representam “ameaças em potencial” e que não há justificativa para que permaneçam em liberdade. “São dois assassinos em potencial nas ruas. Não dá para fingir normalidade”, escreveu Hilton em tom de indignação nas redes sociais.
Plano ou narrativa? O cerne da acusação
A denúncia gira em torno de um suposto encontro ocorrido em 12 de novembro de 2022, na casa de Braga Netto, onde teria sido debatido um plano para impedir a posse de Lula e Alckmin por meio de assassinatos e ataques ao STF. A informação foi trazida à tona pelo tenente-coronel Mauro Cid em uma delação premiada.
De acordo com a Polícia Federal, o plano incluiria ações contra Alexandre de Moraes e visava paralisar a democracia brasileira. Porém, até o momento, não há provas concretas que sustentem essas acusações, o que torna o pedido de prisão altamente controverso.
Indignação e polarização
A solicitação do Psol acendeu um debate inflamado. Críticos apontam que o pedido se baseia mais em uma tentativa de demonizar os acusados do que em evidências sólidas. O Correio tentou contato com as defesas de Bolsonaro e Braga Netto, mas não obteve resposta.
No entanto, a deputada Hilton reforça o tom de urgência: “O fato de não estarem mais no poder não os torna menos perigosos.”
O Brasil em tensão constante
A política brasileira parece cada vez mais um campo minado, onde acusações explosivas muitas vezes ofuscam o devido processo. Pedir a prisão preventiva de um ex-presidente e de um general sem provas concretas é um movimento que agrava as divisões no país.
Enquanto o STF avalia o pedido, uma pergunta ecoa: estamos diante de um caso sólido ou de mais uma peça no xadrez político nacional? A resposta pode definir não só o futuro dos acusados, mas também a saúde da democracia brasileira.