Senado pode derrubar parte de decreto de Lula sobre armas nesta terça (27)

Senado pode derrubar parte de decreto de Lula sobre armas nesta terça (27)

Proposta já teve pedido de urgência aprovado; texto retoma permissão para clubes de tiro funcionarem próximos a escolas

O Senado pode votar nesta terça-feira (27) um projeto que derruba parte do decreto sobre armas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na semana passada, os senadores aprovaram o regime de urgência para acelerar a análise da proposta, que já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O texto retira a proibição que impedia o funcionamento de clubes de tiro a menos de um quilômetro de escolas públicas ou privadas, medida que o governo se opõe. O relator da proposta, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), defende que a regulação da localização desses estabelecimentos deve ser de competência municipal e critica a falta de justificativa técnica para a medida implementada por Lula.

O Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou dois destaques para serem votados separadamente: um que mantém a distância mínima entre clubes de tiro e escolas e outro que proíbe mudanças no destino de armas de fogo de uso restrito.

Caso o projeto seja aprovado sem alterações, ele seguirá para promulgação, sem precisar da sanção do presidente. No entanto, se houver mudanças, ele voltará para a Câmara dos Deputados, onde foi aprovado em maio.

Entre as mudanças previstas no projeto, estão a reclassificação de armas de pressão como “de uso restrito”, o que reduzirá o controle estatal sobre sua compra e uso. O uso de armas de fogo para finalidades diferentes das declaradas na compra também seria permitido. A coleção de armas militares e automáticas seria liberada, deixando de ser restrita a museus. Além disso, o Certificado de Registro, necessário para adquirir armas e participar de competições, deixaria de exigir um regime progressivo baseado em treinamentos e competições.

O governo tenta negociar mudanças no texto desde a semana passada, mas se não houver consenso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a votação ocorrerá de forma nominal, mesmo que a sessão seja semipresencial.

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