Senadores criticam vacina contra a covid-19 para crianças até 4 anos

Senadores criticam vacina contra a covid-19 para crianças até 4 anos


Em uma sessão temática no Plenário, participantes expressaram críticas à recomendação da vacina contra a covid-19 para crianças de até quatro anos, incluída no Programa Nacional de Imunização (PNI). Durante o debate, questionaram a eficácia das vacinas nesse público e defenderam a realização de mais estudos antes de decidir sobre a aplicação dos imunizantes.

Desde janeiro, a imunização contra a doença está inserida no Calendário Nacional de Vacinação Infantil para crianças abaixo de cinco anos, utilizando a vacina da Pfizer e um esquema vacinal composto por três doses.

A sessão temática foi solicitada pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), crítico da medida. Ele argumentou que a vacinação de crianças deve ser opcional e não deveria ser um impedimento para a matrícula escolar.

Girão defendeu uma abordagem técnica no debate e criticou a ausência da ministra da Saúde, Nísia Trindade, que foi convidada, mas não compareceu. O senador considerou inaceitável punir crianças com a impossibilidade de acesso à escola devido à recusa dos pais em autorizar uma vacina sobre a qual têm dúvidas quanto à segurança e eficácia a curto e longo prazo.

Todos os participantes da sessão foram contrários à imunização de crianças contra a covid-19. Alguns argumentaram que as vacinas não impedem a transmissão ou hospitalização. O médico infectologista Francisco Cardoso criticou a Nota Técnica do Ministério da Saúde, afirmando que se baseia em poucos estudos direcionados para a faixa etária até 5 anos.

O médico italiano Andrea Stramezzi destacou que a obrigatoriedade da vacina é um problema para crianças mais pobres no Brasil, que dependem do sistema público de saúde e educação.

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) também criticou a obrigatoriedade da imunização e a ausência de representantes do Ministério da Saúde na sessão, afirmando que qualquer médico especialista poderia ter contribuído para o debate.

O Ministério da Saúde afirmou que as vacinas são seguras e realiza monitoramento por meio do Sistema Nacional de Vigilância. Dados indicam que 3,7 milhões de crianças receberam a primeira dose, mas apenas 776 mil completaram o esquema vacinal com as três doses. A vacinação de crianças a partir de seis meses ocorre em outros países, como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Irlanda e Grécia.

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