Sergio Moro presta depoimento na Justiça Eleitoral nesta quinta (7) em ação que pode causar sua cassação
O senador e ex-juiz federal Sérgio Moro, do partido União Brasil, está agendado para prestar depoimento nesta quinta-feira (7) na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) em Curitiba. O depoimento está relacionado a um processo que pode resultar na cassação de Moro. A confirmação de se o depoimento será presencial ainda não foi anunciada pela defesa.
Sérgio Moro, conhecido por sua atuação como juiz na Operação Lava Jato, enfrenta processos na Justiça Eleitoral movidos pelo Partido Liberal (PL) e pela coligação formada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), PCdoB e PV. As acusações referem-se a alegados crimes eleitorais durante o período em que Moro foi pré-candidato à presidência e candidato ao Senado Federal.
O PL acusa Moro de desequilíbrio eleitoral causado por uma pré-campanha irregular, estendendo-se aos suplentes Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra. O partido alega que as irregularidades ocorreram desde a filiação ao Podemos para a pré-candidatura presidencial em 2022 até a eleição como senador pelo União Brasil.
A coligação do PT, por sua vez, alega indícios de que Moro utilizou recursos do fundo partidário, do fundo especial de campanha e outras movimentações financeiras suspeitas para sua projeção como pré-candidato. A acusação aponta para a triangulação de valores entre o fundo partidário, o fundo eleitoral e os partidos Podemos e União Brasil, caracterizando práticas que violariam normas eleitorais.
O advogado Gustavo Guedes, representante de Moro, expressou tranquilidade em relação ao processo em uma entrevista à CBN Curitiba. Ele afirmou que a prestação de contas do candidato e de seus suplentes está em conformidade com as normas, e a defesa não está preocupada com uma possível cassação. Guedes ressaltou que o caso é diferente da cassação do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo) e considerou as acusações dos partidos insuficientes para uma decisão judicial desfavorável a Moro e seus suplentes. O desembargador Mário Helton Jorge é o relator do caso.