Sergio Moro sai em defesa de Marcelo Bretas após aposentadoria compulsória: “Fiaram-se em delação sem provas”

Sergio Moro sai em defesa de Marcelo Bretas após aposentadoria compulsória: “Fiaram-se em delação sem provas”

Ex-juiz da Lava Jato critica punição imposta pelo CNJ e diz que sanção é injusta, apontando falta de evidências sólidas

Nesta quarta-feira (4), o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) fez uma defesa firme de Marcelo Bretas, seu antigo colega magistrado na Lava Jato do Rio de Janeiro. Conhecido como “o Moro do Rio”, Bretas foi obrigado a se aposentar compulsoriamente após decisão unânime do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em processo disciplinar que investiga sua atuação à frente da 7ª Vara Federal Criminal.

Para Moro, a punição não tem base suficiente. Segundo ele, a decisão se apoiou principalmente na delação de um advogado que, além de ressentido, já era investigado e cuja delação havia sido rejeitada duas vezes – pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) – justamente por falta de provas que a sustentassem.

O senador ressaltou ainda que, embora o Ministério Público tenha apontado irregularidades, recomendou punições menos severas, considerando que Bretas prestou um serviço importante ao combate à criminalidade no Rio de Janeiro. “Essa teria sido a sanção máxima justificada para alguém que contribuiu tanto,” afirmou.

A aposentadoria compulsória, decidida pelo CNJ na terça (3), decorre de acusações graves contra Bretas, como suposta negociação de penas, pressão sobre investigados, manipulação de delações premiadas, interferência em eleições e abuso de autoridade. Bretas já estava afastado desde 2023, mas continuará recebendo proventos proporcionais ao tempo de serviço. A defesa ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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