Servidores federais preparam contraproposta e exigem aumento em 2024
As entidades representativas dos servidores do Executivo federal estão elaborando uma contraproposta de reajuste salarial, planejando enviá-la ao governo na próxima semana. Em uma reunião recente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), os servidores rejeitaram a proposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que congela os salários em 2024 e promete reajuste somente em 2025 e 2026.
O presidente do Fonacate, Rudinei Marques, considerou inaceitável o congelamento salarial em 2024, enfatizando que o governo poderia recompor os salários neste ano. O governo havia proposto um aumento de 9%, a ser pago em duas parcelas em 2025 e 2026.
Além disso, houve um reajuste nos auxílios, como auxílio-alimentação, auxílio-saúde e auxílio-creche. O governo argumentou que o reajuste beneficia servidores com as menores remunerações, proporcionando um aumento de até 23% na remuneração total para aqueles que recebem os três benefícios. No entanto, essa medida gerou insatisfação, especialmente entre aposentados e pensionistas, que não recebem todos esses auxílios.
A insatisfação cresceu devido aos reajustes concedidos a algumas categorias, como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, enquanto outras categorias, como professores e agentes ambientais, pressionam por melhores condições. Cerca de 1.200 funcionários do Ibama paralisaram as atividades, buscando valorização e reestruturação das carreiras. Com demandas não atendidas, a possibilidade de uma greve geral é discutida entre os servidores para chamar a atenção do governo Lula.