
Silvio Almeida anuncia retomada de projetos: ‘Se o morto levanta, acabou o velório’
Ex-ministro dos Direitos Humanos compara saída do governo a uma tentativa de silenciamento e diz buscar justiça
O ex-ministro dos Direitos Humanos do governo Lula, Silvio Almeida, anunciou no sábado (15) que retomará a revisão e escrita de livros, além da produção de conteúdo para seu canal no YouTube. Almeida, que deixou o cargo no ano passado após ser acusado de assédio e importunação sexual, afirmou que sua demissão foi uma tentativa de silenciá-lo. “Se o morto levanta, acabou o velório”, declarou.
Investigação e acusações
Almeida é investigado pela Polícia Federal por assédio. Entre as supostas vítimas estão a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e três ex-alunas. Em suas redes sociais, ele disse ser vítima de uma tentativa de apagamento e racismo, acusando ONGs de influenciarem o governo contra ele por motivos políticos e pessoais.
“Eu estou vivo, continuo indignado e não quero compaixão nem ‘segunda chance’. Eu quero justiça”, escreveu. “Tentaram me matar. Mas não deu certo.”
Novos projetos
Almeida também anunciou que uma edição revisada e ampliada do livro “Racismo Estrutural”, antes suspensa pela editora Record, será publicada. Ele também planeja finalizar “Estado, direito e raça no pensamento social brasileiro”.
Defesa e julgamento
Em depoimento à Polícia Federal, Anielle Franco afirmou ter sido importunada sexualmente por Almeida durante sua passagem pelo governo. A professora Isabel Rodrigues também prestou depoimento, alegando que o ex-ministro a assediou em 2019. O caso será julgado pelo Supremo Tribunal Federal ao fim das investigações.
Silvio Almeida nega todas as acusações e exige provas. “Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e minha filha de um ano”, declarou em nota à imprensa.