“Só 44 mil? A imprensa conta um por um — desde que seja contra Bolsonaro”

“Só 44 mil? A imprensa conta um por um — desde que seja contra Bolsonaro”

Com drones, IA e um software quase mágico, a militância disfarçada de jornalismo decreta que ‘não encheu’. Enquanto isso, o povo lota a Paulista pedindo justiça e liberdade.

Mais uma vez, a imprensa militante resolveu dar sua tradicional “aula de matemática seletiva”. O ato deste domingo (6), que levou Jair Bolsonaro à Avenida Paulista para pedir anistia aos presos do 8 de janeiro, foi estampado nos portais com um número “precisamente impreciso”: 44,9 mil pessoas.

Segundo a Globo e afins, essa estimativa foi feita com base numa tecnologia digna de ficção científica: drones voando no momento “exato” da manifestação, fotos aéreas analisadas por um software de inteligência artificial e um cálculo baseado numa metodologia desenvolvida sabe-se lá onde, misturando a Universidade de Xangai com a USP e uma pitada de Tencent — sim, aquela da China.

O mais curioso é que, quando atos de esquerda tomam as ruas, a contagem costuma ser feita no grito: “centenas de milhares”, “multidão histórica”, “mar de gente”. Mas quando é Bolsonaro quem convoca, as manchetes se esforçam para diminuir. O número vem com vírgula, margem de erro e tom de “não encheu”. Só faltou dizer que contaram um por um.

A manifestação contou com a presença de diversos governadores aliados — como Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ratinho Jr (PR), Wilson Lima (AM), Ronaldo Caiado (GO), Mauro Mendes (MT) e Jorginho Mello (SC) — além, é claro, de Bolsonaro e Michelle, que foram recebidos com gritos de apoio e pedidos de liberdade para os presos políticos do 8 de janeiro.

Durante o discurso, Bolsonaro voltou a pedir anistia, criticou o Supremo e declarou que “eleições em 2026 sem Jair Bolsonaro é negar a democracia e escancarar a ditadura no Brasil.”

A Globo, como sempre, correu para lembrar a inelegibilidade do ex-presidente, como se a população não tivesse percebido o tamanho do cerco que se montou para silenciar vozes dissidentes.

A pesquisa Quaest divulgada no mesmo dia, apontando que 56% são contra a anistia, apareceu logo abaixo, como se fosse um selo de aprovação para as prisões que chocaram o mundo pela violência e arbitrariedade.

No fim, o que se viu na Paulista foi um recado claro: a população não esqueceu. E mesmo que tentem diminuir os números, maquiar os fatos e abafar os gritos, o povo continua indo às ruas. Porque enquanto alguns calculam, outros caminham.

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