SP: Saidinha beneficia assassinos de Eloá e do casal Richthofen

SP: Saidinha beneficia assassinos de Eloá e do casal Richthofen

Ao menos 50 mil presos do regime semiaberto foram beneficiados com a saída temporária em São Paulo.

É difícil engolir a notícia de que assassinos notórios como Cristian Cravinhos e Lindemberg Alves estão passeando pelas ruas como se fossem cidadãos cumpridores da lei. Isso não é uma mera “saidinha”, é um tapa na cara das famílias das vítimas e de todos nós que acreditamos que o crime deve ser punido à altura. Esses homens, que protagonizaram crimes cruéis que chocaram o Brasil, agora desfrutam de uma semana de liberdade, como se suas condenações pudessem ser colocadas em pausa, como um filme que podemos interromper quando quisermos.

Cristian Cravinhos, envolvido no assassinato brutal do casal Richthofen, e Lindemberg Alves, responsável pelo sequestro e assassinato da jovem Eloá Pimentel, estão fora da prisão, assim como outros 50 mil presos beneficiados pela saída temporária em São Paulo. É quase como se o sistema estivesse nos dizendo que a justiça é apenas uma fachada, algo que pode ser contornado, dependendo da conveniência do momento.

Enquanto esses criminosos estão em casa, as famílias das vítimas continuam encarceradas em seu luto eterno. Como aceitar que alguém que tirou vidas de maneira tão fria e calculada tenha o privilégio de sentir o vento no rosto, de dormir em uma cama confortável e de desfrutar da companhia de familiares? O mais revoltante é que essa “saidinha” acontece como se fosse um direito adquirido, como se fosse uma rotina inofensiva, quando na verdade é um profundo desrespeito às vítimas e à sociedade.

E para quê? Para dar a eles uma semana de liberdade vigiada, com um toque de recolher das 20h às 6h, como se isso fosse alguma forma de justiça ou de reparação? O que estamos assistindo é a banalização da impunidade, a mesma que transforma criminosos em figuras quase esquecidas, enquanto as lembranças das atrocidades que cometeram continuam a assombrar aqueles que perderam seus entes queridos.

Essa é a nossa realidade: uma justiça que parece ter mais piedade dos condenados do que das vítimas, um sistema que permite que monstros saiam para uma “folga” enquanto suas atrocidades permanecem imutáveis. Até quando vamos assistir a esse teatro da impunidade?

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