STF DÁ LIBERDADE A CRIMINOSOS ENROLADOS EM TRÁFICO DE DROGAS EM CAMPINAS: UMA DECISÃO INACEITÁVEL

STF DÁ LIBERDADE A CRIMINOSOS ENROLADOS EM TRÁFICO DE DROGAS EM CAMPINAS: UMA DECISÃO INACEITÁVEL

15 integrantes de quadrilha, que operavam o tráfico nas galerias pluviais de Campinas, são libertados em decisão polêmica do STF.

O Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão que reverbera em indignação e revolta: determinou a soltura de 15 integrantes de uma quadrilha que controlava o tráfico de drogas em bairros de Campinas, como a Vila Formosa, onde criminosos utilizam as galerias pluviais para distribuir entorpecentes. O mais grave é que esses indivíduos já estavam condenados pela Justiça, mas o STF, em uma manobra judicial, considerou que a prisão preventiva era mais severa do que o regime semiaberto para os mesmos.

A Operação Sumidouro e a reincidência da impunidade

Esses criminosos foram beneficiados por Habeas Corpus após já terem sido presos na Operação Sumidouro, deflagrada em 2023 pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Desde então, estavam em prisão preventiva ou domiciliar aguardando os recursos. A decisão que causou desconforto na sociedade foi proferida pelo ministro Edson Fachin, que alegou a incompatibilidade entre o regime fechado e o semiaberto, dando liberdade aos acusados, alguns dos quais são apontados como responsáveis pelos pontos de tráfico em Campinas.

O STF, mais uma vez, deixa em aberto um precedente que frustra quem ainda acredita na justiça. A decisão ignora o fato de que esses criminosos continuavam operando nas ruas, no tráfico, com todas as provas que haviam sido coletadas pelo MP-SP. Não se trata de uma simples questão legal, mas de uma clara falta de sensibilidade em relação ao impacto dessa liberdade em uma cidade que já luta contra a violência.

A crescente impunidade e seus impactos

Dentre os beneficiados pela soltura está Claudemir Bernardino da Silva, o “Guinho”, apontado como o líder da célula criminosa de Campinas, e sobrinho de Andinho, um dos chefes do PCC. Embora ele tenha permanecido preso, outros membros de sua rede de tráfico e tráfico de drogas foram libertados com base na alegação de que o regime semiaberto seria mais apropriado.

A investigação, que começou em 2022, havia revelado um cenário aterrador: anotações de contabilidade do tráfico, armas, R$ 308 mil e milhares de conversas sobre o tráfico, tudo coletado com base em apreensões feitas com Claudemir. A operação se tornou emblemática por demonstrar a ousadia do grupo, que usava as galerias pluviais de Campinas para expandir seu domínio.

Esse cenário reflete uma realidade cada vez mais chocante: criminosos continuam a se beneficiar do sistema judicial, enquanto a sociedade paga o preço de uma impunidade crônica. Como pode o STF, diante de tantas evidências e da fragilidade de nossos bairros, liberar aqueles que estão diretamente envolvidos com a destruição de vidas?

Essa decisão é um golpe profundo na confiança do povo, que se vê desamparado pela Justiça, enquanto quadrilhas como essas se tornam cada vez mais audaciosas. A libertação desses criminosos não só enfraquece a luta contra o tráfico, mas também envia uma mensagem de que os criminosos estão um passo à frente das autoridades, e que as leis parecem ser moldadas de acordo com quem as manipula.

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