STF: Defesa de Bolsonaro pede suspeição de Zanin para julgar recurso contra inelegibilidade
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ministro Cristiano Zanin seja considerado suspeito ou impedido de julgar um recurso que contesta a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que impôs oito anos de inelegibilidade a Bolsonaro. A inelegibilidade foi decretada em razão de uma reunião que Bolsonaro, então presidente, promoveu com embaixadores, na qual questionou a legitimidade das urnas eletrônicas.
Os advogados de Bolsonaro argumentam que Zanin, antes de ser nomeado ministro do STF, atuou como advogado em uma ação no TSE que tratava dos mesmos eventos relacionados à inelegibilidade de Bolsonaro. Segundo a defesa, isso demonstra que Zanin já formou uma opinião profissional sobre a ilegalidade das ações de Bolsonaro enquanto presidente, o que poderia comprometer sua imparcialidade no julgamento do recurso.
Além disso, a defesa de Bolsonaro levanta preocupações sobre uma possível relação de amizade entre Zanin e o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, citando declarações públicas de Lula sobre sua longa amizade com Zanin, especialmente relevantes dado que foi durante o governo de Lula que Zanin foi indicado ao STF.
Essas alegações colocam em questão a imparcialidade de Zanin para julgar o caso, segundo os argumentos da defesa de Bolsonaro. A decisão sobre a suspeição de Zanin ainda será analisada pelo STF, e poderá influenciar significativamente o andamento do recurso contra a inelegibilidade de Bolsonaro.