STF Moraes manda prender ex-ministro de Bolsonaro preso pela PF
O general que foi de homem de confiança de Bolsonaro a preso pela PF
Walter de Souza Braga Netto, general da reserva e ex-ministro de Jair Bolsonaro, foi preso neste sábado (14) pela Polícia Federal no Rio de Janeiro, como parte do inquérito relacionado ao golpe de 2022. A prisão foi inicialmente divulgada pelo Blog da Andréia Sadi. Braga Netto foi detido em Copacabana e, após buscas em sua residência, entregue ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia do Exército.
Aos 67 anos, o militar mineiro, natural de Belo Horizonte, construiu uma carreira de destaque nas Forças Armadas e na política. Ele ingressou no Exército em 1975 e chegou ao posto de general em 2009. Durante o governo Bolsonaro, ocupou os cargos de ministro-chefe da Casa Civil e ministro da Defesa, além de ter sido candidato a vice-presidente na chapa derrotada por Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.
Carreira de Braga Netto: das Olimpíadas ao Palácio do Planalto
Braga Netto acumulou experiências marcantes ao longo de sua trajetória. Foi responsável pela coordenação da segurança nas Olimpíadas do Rio de 2016 e atuou como interventor na Segurança Pública do Rio de Janeiro durante o governo de Michel Temer, comandando polícias, bombeiros e o sistema penitenciário do estado.
Em 2020, ele ingressou no governo Bolsonaro como ministro da Casa Civil e, no ano seguinte, assumiu o Ministério da Defesa, onde teve papel central em decisões estratégicas. Após deixar o ministério em 2022, lançou-se na política como vice na chapa de Bolsonaro, sem sucesso eleitoral.
As Acusações e a Defesa
A Polícia Federal apontou Braga Netto como um dos articuladores de pressões sobre as Forças Armadas para aderirem a ações golpistas, além de estimular ataques a chefes do Exército e da Aeronáutica que resistiram às investidas. Apesar das graves acusações, o ex-ministro afirmou, em declarações anteriores, que “nunca se tratou de golpe”.
Até o momento, a defesa de Braga Netto não se pronunciou oficialmente sobre a prisão. A investigação segue em curso, com possíveis desdobramentos envolvendo outros integrantes do governo Bolsonaro.
