Substituta de opositora na Venezuela é impedida de se registrar para concorrer contra Maduro
A principal frente de oposição da Venezuela relatou dificuldades para registrar a candidatura de Corina Yoris no site do Conselho Nacional Eleitoral, órgão responsável pelas eleições. O prazo encerrou-se às 23h59 de segunda-feira (25).
Omar Barboza, um dos líderes da coalizão da oposição, declarou que o grupo enfrentou restrições no sistema online do Conselho Nacional Eleitoral e não pôde registrar a candidatura de Corina Yoris.
Na manhã da segunda-feira, Corina afirmou que a frente de oposição havia tentado todas as formas, mas o sistema estava indisponível. Ela mencionou que tentaram entregar pessoalmente uma carta solicitando uma prorrogação, porém sem sucesso.
Contudo, em um último momento, outro nome da oposição, o governador do estado de Zúlia, Manuel Rosales, decidiu se inscrever e conseguiu completar seu registro no Conselho Nacional Eleitoral.
Rosales, que inicialmente não pretendia ser candidato, torna-se agora o principal concorrente de Maduro nas eleições. Com um perfil pragmático e negociador, ele concorrerá pelo partido Um Novo Tempo (UNT), também de oposição.
A candidatura de Corina Yoris foi bloqueada, enquanto analistas sugerem motivações políticas por trás dessa ação. Especula-se que o chavismo busque recriar o cenário de 2018, quando a oposição boicotou as eleições presidenciais vencidas por Maduro.
Yoris, uma filósofa e professora universitária de 80 anos, sem histórico na administração pública, foi indicada pela Vente Venezuela, partido de Maria Corina Machado, que venceu as prévias entre todos os partidos de oposição do país.
Até o momento desta reportagem, não foi informado se o partido de Maria Corina Machado apoiará a candidatura de Rosales.
Enquanto isso, Nicolás Maduro formalizou sua candidatura à reeleição sem problemas, acompanhado por milhares de militantes de seu partido. Ele relatou a detenção de dois homens armados, alegadamente vinculados ao partido de María Corina Machado, que planejavam assassiná-lo durante um comício.
Sete países latino-americanos expressaram preocupação com o impedimento da inscrição de Corina Yoris e sugeriram buscar um outro candidato, com menos ligações com María Corina Machado, embora qualquer nome inscrito pela oposição deva contar com seu apoio.
FONTE: Revista Oeste