“Sultão do PCC” é preso em cobertura de luxo com duas namoradas e fortuna em espécie
Bruno Teixeira, apontado como chefe da facção KLV, vivia cercado de luxo em São Paulo enquanto comandava crimes na Bahia
A polícia pôs fim ao luxo e à ostentação de Bruno Teixeira da Silva, de 32 anos, conhecido no submundo do crime como o “Sultão do PCC”. Ele foi preso na última quarta-feira (14), em uma cobertura avaliada em R$ 5 milhões, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. O detalhe que mais chamou atenção? Ele estava acompanhado de duas namoradas no momento da prisão — ambas foram liberadas.
Bruno é acusado de ser o fundador e líder da facção Komando da Linha Verde (KLV), braço aliado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), com atuação forte na Região Metropolitana de Salvador, especialmente em Camaçari.
Segundo as investigações da Secretaria de Segurança da Bahia, ele é envolvido com uma longa lista de crimes: tráfico de drogas e armas, homicídios, sequestros, lavagem de dinheiro, corrupção de menores e roubos. Já havia sido preso em 2017, no Ceará, mas estava solto e vivendo em grande estilo.
A operação que levou à sua captura foi fruto de uma força-tarefa entre as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO) da Bahia e de São Paulo, além da Polícia Civil da Bahia (DHPP) e da Superintendência de Inteligência da SSP.
No apartamento de alto padrão, os agentes encontraram dinheiro vivo, barras de ouro, celulares e documentos falsificados — uma amostra do padrão de vida que o “Sultão” levava enquanto comandava ordens criminosas a quilômetros de distância.
“Estamos há seis meses em operações de inteligência para localizar e prender esse indivíduo, responsável por ordenar homicídios e distribuir armas e drogas na região de Salvador. A investigação continua, com o objetivo de desmantelar toda a facção”, afirmou o delegado federal Eduardo Badaró, da FICCO Bahia.
Com a queda do “Sultão”, as autoridades esperam desarticular parte de uma engrenagem que há anos espalha medo, violência e corrupção pelo país.
