Suplicy defende regulamentação do cultivo medicinal de maconha e que MST plante no Brasil
O deputado estadual Eduardo Suplicy, do PT-SP, defendeu a necessidade de regulamentação do uso medicinal da maconha e propôs que cooperativas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) possam cultivar a planta. Ele ressaltou a importância de garantir um acesso sustentável e inclusivo à maconha medicinal, especialmente para pacientes com condições médicas graves, como ele mesmo, que usa óleo de maconha para tratar o Parkinson.
Suplicy destacou a importância de um tipo específico de óleo de maconha, “full spectrum”, que contém tanto o CBD (conhecido por seus efeitos terapêuticos) quanto o THC (o componente psicoativo da maconha), e afirmou que seu uso deve ser supervisionado por profissionais médicos.
Além disso, ele convocou uma “força-tarefa” para acelerar a aprovação de um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados, que busca regulamentar o cultivo da maconha para fins medicinais.
Em uma entrevista à revista digital Breeza, Suplicy compartilhou sua experiência pessoal, admitindo ter experimentado maconha em sua juventude, mas enfatizou que seu apoio ao uso medicinal da planta é baseado em evidências científicas e em seu compromisso com o bem-estar dos pacientes.
O Parkinson, doença que Suplicy enfrenta, é uma das condições mais prescritas para o uso de cannabis medicinal no Brasil. Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros destacou a eficácia do canabidiol na melhoria da qualidade de vida de pacientes com Parkinson.
O número de pacientes autorizados a importar produtos à base de cannabis aumentou significativamente em 2022, segundo dados da Anvisa.