Suposto Fake News no Alvo: AGU Aciona PF e CVM por Boatos sobre Falas de Galípolo

Suposto Fake News no Alvo: AGU Aciona PF e CVM por Boatos sobre Falas de Galípolo

Desinformação nas redes sociais é investigada por possíveis crimes contra o mercado de capitais, segundo a Advocacia-Geral da União.

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu à Polícia Federal (PF) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que investiguem fake news relacionadas ao diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Segundo nota oficial, essas notícias falsas, divulgadas nas redes sociais, podem configurar crimes contra o mercado de capitais ao manipular informações que afetam diretamente o cenário financeiro.

O pedido foi feito pela Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), após postagens no X (antigo Twitter) atribuírem declarações inexistentes a Galípolo. Apesar de prontamente desmentidas pelo Banco Central, as informações falsas repercutiram amplamente entre investidores e páginas especializadas em economia, influenciando negativamente a cotação do dólar e a estabilidade cambial.

Impacto nas políticas públicas e possível crime de manipulação de mercado

A AGU destacou que a disseminação de desinformação nas redes sociais compromete a eficácia das políticas públicas de estabilização cambial. “Esses boatos interferem na percepção do mercado, gerando consequências reais na economia e impactando o preço de valores mobiliários negociados em bolsa”, afirmou o órgão em comunicado.

As condutas fraudulentas estão sendo analisadas com base no artigo 27-C da Lei nº 6.385/1976, que regula o mercado de valores mobiliários e caracteriza como crime a manipulação de mercado. A repercussão dos boatos, associada à recente alta do dólar e à queda no volume negociado nas bolsas de valores, reforça o caráter lesivo das fake news nesse contexto econômico.

Com esse movimento, o governo busca não apenas esclarecer os fatos, mas também criar um precedente para combater a desinformação, que tem causado danos ao mercado e à credibilidade de instituições públicas.

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