Tarcísio de Freitas bate demite 4 policiais ligados ao PCC
Tarcísio de Freitas, governador do Estado de São Paulo, demitiu três investigadores e um delegado da Polícia Civil (PC-SP) que foram presos sob a acusação de atuarem como infiltrados do Primeiro Comando Capital (PCC), uma perigosa organização criminosa brasileira. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) informou que os agentes demitidos recebiam subornos para repassar informações sigilosas, facilitando a liberdade de membros do PCC e impulsionando o tráfico de drogas.
A decisão de demissão por parte de Tarcísio ocorreu após o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) rejeitar uma apelação criminal apresentada pelos ex-policiais em julho deste ano. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-SP efetuou as prisões dos investigadores e do delegado durante uma operação que visava membros do PCC, resultando na detenção de 25 pessoas.
Os policiais estavam sendo monitorados por escutas telefônicas, revelando que receberam propina para proteger traficantes do PCC enquanto estavam na Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de Sorocaba. Eles enfrentam acusações como formação de quadrilha, falsidade ideológica, concussão, extorsão, tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico e divulgação de informações sigilosas.
Em 2019, dois dos investigadores foram condenados a seis anos de prisão em regime semiaberto, além da perda de cargos, por vazamento de informações sigilosas e falsidade ideológica. O delegado e outro investigador receberam uma pena de dois anos em regime semiaberto, também com perda de cargos, por concussão. Eles foram presos em setembro deste ano para cumprir as penas.