Tarcísio diz que não houve excesso dos policiais em ação com oito mortes em Guarujá (SP)
O governo de São Paulo confirmou que durante a Operação Escudo, realizada em Guarujá, litoral paulista, oito pessoas foram mortas pelas mãos de policiais militares. A operação foi iniciada após o assassinato do policial Patrick Bastos Reis, soldado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota). O governador Tarcísio Freitas avaliou que não houve uso excessivo da força policial nessa ocasião.
Dez pessoas foram presas durante a operação, e o suposto atirador foi preso recentemente e conduzido à delegacia pelos policiais da Rota. A arma utilizada no crime ainda não foi encontrada. A confirmação da autoria do assassinato foi obtida por meio de provas testemunhais dos outros indivíduos detidos, de acordo com o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.
O governador elogiou a atuação da polícia, chamando-a de “extremamente profissional”, destacando que as operações resultaram em prisões. Ele enfatizou que agressões a policiais não serão toleradas e que os responsáveis serão investigados e levados à Justiça.
Apesar das prisões realizadas, o governo anunciou que a Operação Escudo continuará por pelo menos 30 dias, com o objetivo de combater o crime organizado na Baixada Santista. Uma unidade da Polícia Militar será instalada em fevereiro de 2024, com aumento real de efetivo, sem remanejamento de tropas no estado.
A Ouvidoria de Polícias de São Paulo relatou que foram 10 mortes durante a operação em Guarujá, conforme registrado em boletim de ocorrência.
Questionado sobre denúncias de tortura durante a operação, incluindo o caso de um dos mortos com marcas de queimadura de cigarro, o secretário Guilherme Derrite negou oficialmente essas informações, chamando-as de “narrativas” que não foram comunicadas ao governo.
Dos oito mortos, apenas quatro foram identificados até o momento, sendo informado que essas pessoas possuíam antecedentes criminais, embora os crimes não tenham sido divulgados. O secretário descreveu a Baixada Santista como uma área de confrontos e apoiou a argumentação do governador sobre as mortes durante a operação.
Ele ressaltou que aqueles que se renderam foram presos, mas enfatizou que os policiais são obrigados a utilizar o disparo de arma de fogo para neutralizar indivíduos que optem pelo confronto, visando proteger a sociedade.
Derrite concluiu a coletiva afirmando que o combate ao crime organizado pode gerar alguns efeitos colaterais, mas prometeu que a polícia não baixará a guarda na defesa da sociedade e no combate ao crime.