Taxa de desemprego no trimestre encerrado em novembro cai para 7,5%
A taxa de desemprego no trimestre encerrado em novembro atingiu 7,5%, registrando o índice mais baixo desde fevereiro de 2015, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa marca representa uma queda em relação ao trimestre anterior, quando a taxa estava em 7,8%, e também em comparação com o mesmo período de 2022, quando alcançou 8,1%.
O resultado positivo foi impulsionado pelo aumento no número de pessoas ocupadas, que atingiu a marca de 100,5 milhões, o maior desde o início da série histórica em 2012, representando um crescimento de 0,9% em apenas três meses. Enquanto isso, o contingente de desempregados permaneceu estável em 8,2 milhões, o menor desde abril de 2015.
A ocupação formal também apresentou crescimento, com 515 mil pessoas contratadas com carteira assinada, elevando o total para 37,7 milhões, o segundo maior patamar da série histórica. O número de empregados sem carteira assinada permaneceu estável, mas é o maior registrado até o momento.
Dentre as atividades econômicas analisadas, apenas a indústria e a construção apresentaram aumento no número de ocupados, enquanto as demais permaneceram estáveis. A coordenadora de Pnad do IBGE, Adriana Beringuy, destacou que a expansão na construção ocorreu principalmente de forma informal, com aumento do emprego sem carteira assinada e por conta própria sem CNPJ, enquanto a indústria impulsionou os trabalhos formais.
A taxa de informalidade, que inclui trabalhadores sem registro formal, foi de 39,2% da população ocupada no trimestre, representando 39,4 milhões de trabalhadores informais, um leve aumento em relação ao período anterior.
Em relação aos rendimentos, o trabalhador registrou um aumento médio real de 2,3%, atingindo R$ 3.034 no trimestre. Comparado ao ano anterior, houve uma alta de 3,8%, com destaque para os empregados com carteira assinada no setor privado (2,1%) e os trabalhadores por conta própria com CNPJ (7,6%).
A pesquisa do IBGE, baseada em uma amostragem de 211 mil domicílios em todo o país, abrange informações sobre diversas formas de trabalho, como contratados com carteira assinada, autônomos e informais. Além disso, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicou um saldo positivo de mais de 130 mil vagas em novembro, com um total de 1.914.467 postos de trabalho gerados de janeiro a novembro no país.