Taxa Selic Pode Chegar a 15% em 2025, Nível Mais Alto em Quase 20 Anos

Taxa Selic Pode Chegar a 15% em 2025, Nível Mais Alto em Quase 20 Anos

Banco Central projeta dois aumentos consecutivos para conter inflação e estabilizar a economia

A taxa básica de juros, a Selic, pode alcançar 15% ao ano em 2025, algo que não acontece desde 2006. Atualmente em 12,25%, a expectativa é que a Selic suba dois pontos percentuais nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), com ajustes de um ponto percentual por vez.

Cenário Econômico Pressiona o BC

O Banco Central, liderado por Gabriel Galípolo, enfrenta um ambiente econômico desafiador. O aumento dos juros reflete a necessidade de combater uma inflação que insiste em se manter acima da meta e estabilizar o cenário econômico após um ano de instabilidade fiscal e cambial.

Segundo o Boletim Focus, os agentes do mercado financeiro projetam inflação de 5% em 2025, enquanto a meta estabelecida é de 3%. Essa discrepância exige uma postura mais rigorosa do BC para recuperar a credibilidade e ancorar as expectativas do mercado.

Histórico e Perspectivas

Se confirmada, a Selic a 15% representará o maior nível desde julho de 2006, quando a taxa chegou a 15,25%. O movimento é parte de uma estratégia mais ampla para controlar a depreciação do real frente ao dólar e estabilizar as contas públicas.

Economistas destacam que o desafio de Galípolo será equilibrar a política monetária com a necessidade de impulsionar o crescimento econômico, especialmente em um contexto de pressão política por parte do governo para reduzir os juros.

Próximas Decisões do Copom

As reuniões do Copom estão marcadas para os próximos meses, com a expectativa de que os ajustes sejam implementados em janeiro e março. Se o plano for seguido, o mercado terá um período para avaliar os impactos dessas decisões sobre a economia e a inflação.

Com a Selic elevada, o Brasil se aproxima de um cenário de juros mais altos que podem frear a economia, mas também reforçar a luta contra a inflação. Galípolo terá que navegar com cuidado para equilibrar esses fatores e demonstrar a independência do Banco Central em um momento de incertezas.

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