Temer cutuca Lula e diz que impasse do IOF revela “governo sem rumo”

Ex-presidente afirma que seu governo tinha projeto claro e alfineta atual gestão: “Deu razoavelmente certo”

Durante participação no Fórum Lide COP30, em Bonito (MS), o ex-presidente Michel Temer não perdeu a oportunidade de lançar uma crítica direta ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Em conversa com o Poder360, Temer afirmou que a confusão envolvendo o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) escancara, nas palavras dele, a “falta de um projeto claro” na atual gestão.

“Isso mostra que não há um caminho bem definido. No meu governo, tínhamos um projeto, e ele deu razoavelmente certo”, provocou o ex-presidente, sem rodeios.

A declaração foi dada na sexta-feira (30), logo após Temer participar de um painel de debates no evento. Cercado pela imprensa, o ex-presidente fez questão de ressaltar que, apesar de todas as dificuldades que enfrentou no comando do país, sua gestão tinha uma direção clara e metas definidas.

🔥 Alfinetada calculada

Ao comentar sobre o impasse do IOF — que virou um verdadeiro cabo de guerra dentro do governo e no Congresso —, Temer aproveitou para fazer um contraponto entre sua administração e a de Lula. Segundo ele, decisões econômicas precisam de alinhamento, planejamento e, principalmente, “visão de país”, algo que, segundo Temer, anda em falta no atual governo.

💼 Defesa do próprio legado

Durante a fala, Temer também fez questão de defender os principais marcos do seu governo, como a aprovação da reforma trabalhista e o teto de gastos, além de medidas de controle fiscal. “Demos rumo ao país. Pode não ter sido perfeito, mas funcionou razoavelmente bem”, reforçou.

O ex-presidente participou do Fórum Lide COP30, evento que reuniu empresários, políticos e lideranças para discutir desenvolvimento sustentável e os desafios do Brasil na agenda ambiental.

⚠️ IOF virou pedra no sapato do Planalto

O tema do IOF, que motivou a crítica de Temer, tem gerado desconforto no governo Lula. A proposta de aumento do imposto enfrenta resistência no Congresso e também entre setores da própria base governista. O imbróglio virou mais um sinal de que, internamente, há dificuldades em alinhar discurso e prática na área econômica.