
Toffoli Rejeita Reclamações de Barros e Nelma Kodama Contra a Lava Jato
O ministro do STF negou os pedidos de anulação das investigações feitas com base em mensagens hackeadas, alegando falta de provas de conluio.
Em mais uma decisão contra alvos da Lava Jato, o ministro Dias Toffoli, que tem atuado para enfraquecer a operação, rejeitou duas solicitações de anulação de investigações envolvendo o ex-líder de Bolsonaro, deputado Ricardo Barros, e a doleira Nelma Kodama. Os dois pediam a anulação de investigações com base em mensagens hackeadas que alegavam ilegalidades durante a operação.
Ricardo Barros, ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara, argumentava que foi vítima de armações por parte dos procuradores da Lava Jato. Ele solicitou que Toffoli anulasse a Operação Volt, que, em 2020, cumpriu um mandado de busca e apreensão contra ele, relacionado a supostos pagamentos ilegais no valor de R$ 5 milhões por intermediar negócios do Grupo Galvão. Já Nelma Kodama, condenada a 18 anos de prisão por Moro, alegava ter sido alvo de um conluio entre o MPF e o ex-juiz Sergio Moro, pedindo a anulação de todos os atos da Lava Jato contra ela.
No entanto, Toffoli entendeu que as mensagens não indicavam um conluio entre os envolvidos, nem que Barros ou Nelma fossem alvo de investigações irregulares. Para ele, as conversas mencionavam apenas o andamento das investigações, sem comprovar qualquer ilegalidade. Ambos ainda podem recorrer da decisão.