Tornozeleiras: programa de segurança de São Paulo se consolida na proteção das mulheres
O programa de segurança em São Paulo, que utiliza tornozeleiras eletrônicas para monitorar agressores, está se consolidando na proteção das mulheres vítimas de violência doméstica. Após quatro meses de implementação, o projeto piloto da Secretaria da Segurança Pública (SSP) tem se mostrado eficaz e será expandido ao longo do ano.
Um exemplo de sucesso ocorreu dias antes do Natal, quando um autônomo monitorado com tornozeleira eletrônica tentou se aproximar da casa de sua ex-companheira, que possuía uma medida protetiva. O alarme indicando a violação soou no Centro de Operações da Polícia Militar, desencadeando uma resposta rápida. Uma viatura foi despachada, localizou o infrator, o deteve e o encaminhou à delegacia, impedindo qualquer tipo de contato com a vítima.
Desde o início do projeto, 144 detidos receberam tornozeleiras eletrônicas após audiências de custódia, sendo 65 casos relacionados a violência doméstica. A iniciativa visa monitorar agressores soltos em audiência de custódia, garantindo o cumprimento de medidas judiciais e protegendo as vítimas.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou o sucesso do projeto no monitoramento de agressores por violência doméstica. O monitoramento é realizado em tempo real pelo Centro de Operações da Polícia Militar, e em caso de descumprimento das medidas, a viatura mais próxima é acionada, e a vítima é contatada até a detenção do infrator.
Com base nos resultados positivos, a SSP planeja estender o programa para todo o estado até o final do ano. Para isso, estão em andamento os processos de elaboração de edital para a compra de mais tornozeleiras eletrônicas e a renovação da contratação de serviços para 8 mil dispositivos pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).