
Tragédia em abrigo: homem ateia fogo em sofá e provoca incêndio que mata quatro pessoas em São José dos Campos
Suspeito foi preso em flagrante; incêndio criminoso atingiu abrigo para pessoas em situação de vulnerabilidade
Uma tragédia chocou São José dos Campos (SP) na madrugada desta segunda-feira (10). Um homem colocou fogo em um sofá, e as chamas se espalharam rapidamente, atingindo um abrigo para pessoas em situação de vulnerabilidade social. O incêndio resultou na morte de quatro pessoas e deixou nove feridos.
Incêndio criminoso e prisão do suspeito
O crime aconteceu por volta de 0h30, no Centro da cidade. Câmeras de segurança registraram o momento em que Leandro Rangel Vilela, de 42 anos, chega de bicicleta ao local e, em poucos minutos, ateia fogo no sofá. O incêndio se alastrou rapidamente, impedindo que algumas vítimas conseguissem escapar.
A Polícia Militar confirmou que o incêndio foi criminoso e prendeu Leandro em flagrante. Segundo o boletim de ocorrência, ele teria provocado o fogo após uma discussão com um funcionário do abrigo. O suspeito já tinha passagens pela polícia.
Vítimas e sobreviventes
No momento do incêndio, 22 pessoas estavam no abrigo. As vítimas fatais foram identificadas como Hélio Gonçalves (61 anos), Márcia Aparecida (55 anos), Regiane Soares (53 anos) e Moisés Felipe (50 anos).
Entre os feridos, nove precisaram de atendimento médico, incluindo um bombeiro, que já recebeu alta. Duas vítimas seguem internadas na Santa Casa e na Unidade de Pronto Atendimento do Campo dos Alemães.
Motivação do crime
A fundadora do abrigo, Andréa Laporta, revelou que Leandro era acolhido pela instituição há dois anos e costumava receber alimentação no local. Na noite anterior ao crime, ele teria chegado sob efeito de drogas e se irritado após ser impedido de entrar para pegar comida.
“Ele disse que ficou com raiva e botou fogo à noite. Foram dois anos alimentando ele, e no dia em que neguei um prato de comida, ele fez isso”, lamentou Andréa.
Investigação e interdição do abrigo
O abrigo foi interditado para perícia da Polícia Civil e avaliação da Defesa Civil. O incêndio também causou danos em residências vizinhas, mas sem necessidade de interdição.
A tragédia reforça a urgência de políticas de segurança para espaços que acolhem pessoas em situação de vulnerabilidade, garantindo proteção tanto para os assistidos quanto para os trabalhadores dessas instituições.