Trens da França são alvo de sabotagem no dia da abertura da Olimpíada
Ministra dos Esportes afirma que episódio foi “ataque coordenado”
Na sexta-feira (26), a França sofreu uma série de atos “maliciosos” e coordenados, incluindo um incêndio criminoso, que afetaram suas linhas ferroviárias de alta velocidade. A empresa estatal SNCF descreveu a situação como um “ataque massivo” destinado a paralisar a rede antes da Cerimônia de Abertura das Olimpíadas de Paris.
A SNCF relatou no X (antigo Twitter) que muitos trens foram desviados ou cancelados e aconselhou os viajantes a evitarem as estações. As linhas afetadas incluem as rotas Atlântica, Norte e Leste, com danos significativos em várias instalações, embora um dos ataques tenha falhado.
As viagens nessas linhas estão “fortemente perturbadas”, com previsões de interrupções durante todo o fim de semana enquanto as equipes trabalham nos reparos. O Rémi Train Centre Val de Loire indicou que o serviço permanecerá interrompido até pelo menos segunda-feira (29), após um incêndio em Courtalain ter impactado o serviço para Paris.
Esses eventos ocorrem poucas horas antes do término do revezamento da tocha olímpica e do início da Cerimônia de Abertura, que espera receber mais de 320 mil espectadores ao longo do rio Sena.
A ministra francesa dos Esportes e dos Jogos Olímpicos, Amélie Oudéa-Castera, classificou os incidentes como “uma espécie de sabotagem coordenada” e condenou os ataques. Ela afirmou que essas ações são contra a França e prometeu avaliar os impactos para garantir o transporte adequado de todas as delegações.
O chefe da polícia de Paris, Laurent Nunez, anunciou um aumento na segurança, concentrando esforços nas estações ferroviárias. A segurança em Paris já havia sido reforçada nas semanas anteriores, com planos de mobilizar cerca de 35 mil policiais por dia durante os Jogos, chegando a 45 mil para a Cerimônia de Abertura, além de 10 mil soldados e 1.800 agentes policiais internacionais.
Ainda não está claro o que motivou as interrupções, mas há crescente tensão interna, agravada pelas recentes eleições nacionais na França. O Ministro do Interior, Gérald Darmanin, revelou que um “membro da extrema direita” foi detido sob suspeita de planejar ações violentas durante os Jogos Olímpicos.