Trump abandona cúpula do G7 às pressas por tensão entre Israel e Irã

Trump abandona cúpula do G7 às pressas por tensão entre Israel e Irã

Presidente dos EUA volta a Washington após firmar acordo com o Reino Unido; crise no Oriente Médio acelera retirada

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antecipou sua volta de uma reunião do G7 realizada no Canadá, alegando urgência diante do agravamento do conflito entre Israel e Irã. A Casa Branca confirmou que ele retornou a Washington na noite desta segunda-feira (16), pouco após um jantar com líderes mundiais.

Segundo a porta-voz Karoline Leavitt, Trump precisava “cuidar de assuntos prioritários”, especialmente a escalada militar no Oriente Médio. Em sua conta nas redes sociais, Leavitt destacou que, apesar do retorno precoce, o presidente teve um dia produtivo, incluindo a assinatura de um acordo comercial com o Reino Unido, ao lado do premiê britânico Keir Starmer.

A movimentação de Trump ocorreu poucas horas depois de ele alertar, publicamente, para evacuação da cidade de Teerã, enquanto Israel anunciava novos bombardeios contra alvos iranianos. “O Irã jamais pode possuir uma arma nuclear. Já disse isso inúmeras vezes. Todos devem deixar Teerã imediatamente!”, escreveu o presidente norte-americano.

Ainda não se sabe se Trump tinha informações antecipadas sobre ataques israelenses em curso. No entanto, momentos antes de deixar o G7, ele havia insinuado a jornalistas que algo grande aconteceria em breve: “Assim que eu sair daqui, vamos agir”, disse, sem dar detalhes.

A situação entre Irã e Israel tem escalado rapidamente. Na última semana, ataques a instalações nucleares iranianas e a líderes militares promovidos por Israel desencadearam uma resposta com drones e mísseis por parte do Irã, gerando mortes e destruição em ambos os lados.

Apesar de negar envolvimento direto, o governo americano tem oferecido apoio defensivo a Israel e advertido o Irã para que não ataque alvos norte-americanos. Ainda assim, cresce o temor de que os Estados Unidos possam ser arrastados para o centro do conflito, algo que Trump não descartou completamente em entrevista recente à ABC News.

“É possível que a gente se envolva, sim. Mas, por ora, não estamos diretamente participando”, afirmou Trump, deixando a porta aberta para futuras ações militares.

O G7, que reuniu líderes das principais economias do mundo em Kananaskis, no Canadá, terminou com um clima de tensão, marcado por essa saída inesperada do presidente americano e pelos ventos de guerra soprando do Oriente Médio.

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