
Trump Adverte Hamas e Promete Retaliação Caso Reféns Não Sejam Libertados
Presidente eleito ameaça ações drásticas no Oriente Médio e critica legado de Biden em assuntos internacionais.
Durante uma coletiva de imprensa realizada em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, fez uma dura ameaça ao Hamas. “Se não libertarem os reféns até a minha posse, o Oriente Médio se tornará um inferno. Isso não será bom para o Hamas, nem para ninguém. O caos será inevitável”, declarou Trump.
O enviado especial para o Oriente Médio designado por Trump, Steve Witkoff, informou que as negociações para libertar os reféns na Faixa de Gaza, conduzidas em Doha, no Catar, estão avançando. Witkoff afirmou que as partes envolvidas estão “próximas de um acordo” e que há otimismo para um desfecho positivo antes do dia 20 de janeiro, data da posse de Trump.
“O presidente eleito está diretamente impulsionando essas negociações. Sua reputação e postura estão fazendo diferença. Esperamos salvar vidas”, declarou Witkoff. Trump reforçou sua expectativa: “É melhor que haja boas notícias até lá.”
Além do conflito no Oriente Médio, Trump criticou a administração de Joe Biden por diversos eventos internacionais, como a invasão russa à Ucrânia. Segundo ele, a guerra “nunca teria começado” se estivesse no poder. “É trágico ver tantas vidas perdidas e cidades destruídas. Pretendo dialogar com Vladimir Putin nos primeiros seis meses de governo para buscar soluções.”
Trump também atacou a gestão de Biden pela saída das tropas norte-americanas do Afeganistão em 2021, classificando-a como “vergonhosa”. “Eu teria feito isso com dignidade, mas saímos como tolos”, afirmou.
O presidente eleito concluiu reiterando a necessidade de aumentar a contribuição dos países da OTAN, propondo elevar a meta de investimento em defesa de 2% para 5% do PIB. Ele ressaltou que os Estados Unidos têm oferecido muito mais suporte à Ucrânia do que os países europeus, apesar de um oceano separar as regiões.
As declarações destacam as prioridades de política externa de Trump antes mesmo de sua posse oficial, sinalizando um governo de tom mais assertivo.