Trump ameaça Hamas e fala em “inferno” caso reféns não sejam libertados

Trump ameaça Hamas e fala em “inferno” caso reféns não sejam libertados

Israel acusa grupo islâmico de violar cessar-fogo e ordena resposta militar

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez duras declarações nesta segunda-feira (10), afirmando que, se o Hamas não libertar todos os reféns israelenses até o meio-dia de sábado (15), haverá consequências severas. Ele chegou a dizer que “desencadeará o inferno” caso o grupo palestino não cumpra o prazo.

— Se todos os reféns não forem devolvidos até sábado ao meio-dia, eu diria para cancelar o acordo, encerrar as negociações e deixar o inferno acontecer — declarou Trump.

O republicano também reforçou que a libertação deve ocorrer de forma integral, sem exceções:

— Não queremos dois aqui, três ali. Queremos todos de volta — insistiu.

Trump afirmou que provavelmente conversará com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre o prazo, mas não especificou o que quis dizer com “inferno”.

— O Hamas vai entender exatamente o que quero dizer — completou o presidente americano.

Israel reage e acusa Hamas de descumprir acordo

O governo israelense também criticou o adiamento da libertação dos reféns. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, classificou a decisão do Hamas como uma “violação total” do cessar-fogo e ordenou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) se preparem para qualquer cenário.

— O anúncio do Hamas é uma infração grave ao acordo de cessar-fogo e à libertação dos reféns. O exército já recebeu ordens para se preparar para todas as possibilidades — afirmou Katz em comunicado.

O Hamas justificou o adiamento da entrega dos sequestrados, alegando que Israel não cumpriu os compromissos acordados, como permitir o retorno de palestinos deslocados e facilitar a entrada de ajuda humanitária.

— A libertação de reféns, programada para o dia 15 de fevereiro, será adiada até novo aviso, dependendo do cumprimento dos compromissos firmados anteriormente — declarou Abu Obeida, porta-voz do braço armado do grupo, as Brigadas Al-Qassam.

A crise no Oriente Médio continua escalando, com um impasse que pode levar a novos confrontos. Enquanto os Estados Unidos pressionam pelo cumprimento do acordo, Israel já se organiza para possíveis ações militares.

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