Trump anuncia aumento radical: tarifas de aço e alumínio dobram para 50%

Medida polêmica sacode o comércio global e promete reforçar a indústria americana

Nesta sexta-feira (31), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que elevará as tarifas de importação de aço e alumínio de 25% para 50%, uma decisão que visa proteger e impulsionar a produção nacional desses setores estratégicos.

Desde seu retorno à presidência em janeiro, Trump vem aplicando tarifas amplas que atingem tanto aliados quanto adversários, provocando uma verdadeira turbulência no cenário comercial mundial e movimentando os mercados financeiros. Essa nova escalada nas taxas aduaneiras acontece em meio a um contexto delicado para o comércio global, reacendendo tensões e incertezas.

Em um discurso realizado na Pensilvânia — estado chave para as eleições e berço da indústria siderúrgica americana — Trump afirmou, diante dos trabalhadores da US Steel, que essa medida é um passo decisivo para proteger a indústria local. Ele reforçou que “ninguém vai impedir” essa ação, sob aplausos e gritos de “Estados Unidos, Estados Unidos!” vindos da plateia.

Os Estados Unidos dependem fortemente da importação de aço e alumínio, com o Brasil sendo o segundo maior fornecedor de aço, logo atrás do Canadá, e a Argentina figurando entre os maiores exportadores de alumínio. Setores como automotivo, aeronáutico, petroquímico e de embalagens dependem desses metais para manter a produção.

Trump também destacou a recente fusão entre a US Steel e a japonesa Nippon Steel, promessa de fortalecimento da indústria americana. Apesar de algumas preocupações levantadas por sindicatos e críticos, o presidente assegurou que a empresa continuará sob controle dos EUA, sem perdas de empregos ou terceirizações.

No entanto, a operação ainda precisa de aprovação final, e especialistas apontam que os detalhes podem esconder desafios, especialmente sobre a real garantia dos compromissos assumidos pela Nippon Steel.

A nova política tarifária deve mexer com as relações comerciais internacionais e manterá os olhos do mundo atentos à Casa Branca e seus próximos passos no tabuleiro da economia global.