
Trump Anuncia Retirada de Sanções à Síria em Fórum Saudita
Medida segue pedidos de Mohamed bin Salman e Recep Tayyip Erdogan durante viagem ao Oriente Médio, enquanto EUA reforçam parcerias estratégicas com o Golfo.
Durante um fórum de investidores na Arábia Saudita nesta terça-feira, Donald Trump anunciou a retirada das sanções econômicas contra a Síria, onde um novo governo, formado por ex-integrantes de grupos armados com histórico jihadista, busca se estabelecer após a queda do regime de Bashar al-Assad. O presidente dos EUA explicou que a decisão foi tomada após conversas com o príncipe herdeiro saudita Mohamed bin Salman e o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
“Há um novo governo que, com sorte, conseguirá estabilizar o país e manter a paz. É isso que queremos ver na Síria”, disse Trump, destacando sua intenção de pôr fim às sanções. A medida foi recebida com aplausos da plateia do fórum em Riad, que contou com a presença de grandes empresários e membros da elite mundial, além de figuras como Elon Musk.
Além do anúncio, Trump assinou acordos com a Arábia Saudita para uma “parceria econômica estratégica” avaliada em US$ 600 bilhões (aproximadamente R$ 3,3 trilhões). A visita, que inclui também o Catar e os Emirados Árabes Unidos, marca a primeira viagem oficial de Trump ao Oriente Médio, mas sem a presença de Israel, um dos principais aliados dos EUA na região, o que gerou especulações sobre seu impacto nas relações diplomáticas.
O presidente também se referiu à situação em Gaza, afirmando que o povo palestino merece um futuro melhor, mas criticando os líderes do Hamas por suas ações violentas. Trump reafirmou ainda sua oposição ao grupo, sem mencioná-lo diretamente, e declarou seu compromisso em garantir que o Irã jamais desenvolva armas nucleares, propondo um “novo caminho” para o país.
Durante sua passagem por Riad, Trump também se reuniu com representantes do novo governo sírio, dando sinais de um possível apoio ao regime, o que gerou reações mistas sobre o alinhamento entre os EUA e Israel. Ao longo da viagem, o presidente dos EUA deverá abordar diversas questões regionais, incluindo negociações com o Irã sobre seu programa nuclear e tensões com a Rússia e a Ucrânia.