
Trump aumenta tarifas sobre produtos chineses para 125% e reduz taxas para outros países
Em resposta à postura da China, presidente dos EUA intensifica tarifas, mas dá alívio a nações não envolvidas na guerra comercial.
Na tarde desta quarta-feira (9), Donald Trump anunciou uma drástica elevação de 125% nas tarifas sobre as importações da China, uma medida que entra em vigor imediatamente. O presidente norte-americano justifica a decisão como uma resposta à “falta de respeito” da China com os mercados globais, ressaltando que o país asiático tem explorado os Estados Unidos e outras nações de maneira insustentável.
Esse aumento faz parte de uma escalada na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. No último dia 2 de abril, Trump já havia anunciado tarifas variando de 10% a 50% sobre produtos de 180 países, incluindo a China. A retaliação chinesa veio com a elevação de suas tarifas para 84% sobre os produtos americanos, o que intensificou ainda mais o embate.
Enquanto mantém a pressão sobre a China, Trump também anunciou uma redução nas tarifas para outros países, estabelecendo um imposto recíproco de 10% durante 90 dias, com efeito imediato. Esse gesto foi uma tentativa de acalmar as tensões globais e atender aos apelos de mais de 75 países que buscaram uma solução para as medidas comerciais agressivas dos EUA.
A medida de alívio foi vista como uma pausa temporária no “tarifaço” global, que já vinha afetando fortemente os mercados. Nos Estados Unidos, as bolsas reagiram positivamente à redução das tarifas, com o índice Nasdaq registrando sua maior alta diária desde 2001, enquanto o S&P 500 também teve um desempenho impressionante. O mercado brasileiro também sentiu o impacto da mudança, com o dólar recuando e o Ibovespa subindo.
A guerra tarifária entre EUA e China continua a ser um dos maiores desafios econômicos globais, com consequências para os mercados internacionais e para as economias dependentes do comércio exterior.