Trump desafia Justiça e ameaça juízes após bloqueio de suas medidas

Trump desafia Justiça e ameaça juízes após bloqueio de suas medidas

Presidente intensifica criticas ao Judiciário sobre decisões contrárias a suas políticas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou o tom contra o Judiciário após uma série de derrotas em tribunais que barraram suas ordens executivas sobre imigração, cortes governamentais e restrições a militares transgênero. Irritado com as decisões judiciais, Trump não poupou ataques diretos a juízes e chegou a ameaçar a remoção de um magistrado que bloqueou deportações em massa.

Ao ter sua política migratória contestada, Trump chamou o juiz responsável de “linfático” e “encrenqueiro” e pediu publicamente sua destituição. O Departamento de Justiça já havia solicitado a remoção do magistrado do caso, conforme reportado pela Reuters. Paralelamente, a Casa Branca tem tentado driblar as decisões judiciais, enquanto o governo mantém uma postura desafiadora.

Conflito aberto com o Judiciário

As tensões entre Trump e o Judiciário se aprofundaram à medida que tribunais federais bloquearam medidas polêmicas de sua administração. Entre as principais derrotas estão:

  • Proibição de militares transgênero: Trump tentou revogar novamente a permissão para que pessoas trans sirvam nas Forças Armadas, retomando uma política de seu primeiro mandato. A juíza Ana Reyes, de Washington, decidiu que a medida violava direitos constitucionais, citando o princípio da igualdade na Declaração de Independência.
  • Corte na agência de ajuda humanitária (USAID): Um juiz de Maryland suspendeu temporariamente o desmonte da agência, argumentando que Elon Musk, então à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), não tinha autoridade para eliminar a USAID sem aval do Congresso.
  • Deportações em massa: O juiz federal James Boasberg bloqueou uma ordem que autorizava deportações com base em uma lei de 1798, usada apenas em períodos de guerra. Ignorando a decisão, Trump ordenou a deportação de mais de 200 venezuelanos para uma prisão de segurança máxima em El Salvador, em um acordo de US$ 6 milhões com o governo de Nayib Bukele.

O confronto entre Trump e o Judiciário expõe sua estratégia de desafiar limites institucionais e governar à base de decretos. Com a postura cada vez mais agressiva, o presidente dos EUA segue testando até onde pode ir sem ser barrado.

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