Trump impõe novas ameaças de sanções a países que comprarem petróleo iraniano, intensificando crise energética

Trump impõe novas ameaças de sanções a países que comprarem petróleo iraniano, intensificando crise energética

Declaração ocorre no meio de impasse nas negociações nucleares entre EUA e Irã, elevando as tensões no mercado global de energia.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escalou as tensões com o Irã ao anunciar nesta quinta-feira (1º) uma nova medida punitiva: qualquer país ou empresa que continuar comprando petróleo ou produtos petroquímicos do Irã estará sujeito a sanções secundárias. A advertência, publicada em sua rede social Truth Social, deixou claro que tais nações ou empresas não poderão realizar negócios com os EUA em nenhuma circunstância.

Essa ameaça ocorre em um contexto delicado de estagnação nas negociações nucleares entre Washington e Teerã, com uma rodada de diálogos marcada para este fim de semana sendo adiada, segundo a Bloomberg. As autoridades americanas também confirmaram que não haviam participado das etapas anteriores das conversas.

A nova ofensiva faz parte da campanha de “pressão máxima” de Trump contra o Irã, que visa enfraquecer sua economia cortando a principal fonte de receitas do país: a exportação de petróleo. Em abril, estima-se que o Irã tenha exportado cerca de 1,7 milhão de barris por dia, com destaque para China e Índia como principais compradores.

Especialistas, como Scott Modell, CEO da consultoria Rapidan Energy e ex-oficial da CIA, apontam que as sanções podem não ter o impacto desejado se não atingirem diretamente a infraestrutura e os canais de transporte usados pela China, o maior comprador da commodity iraniana.

Apesar do tom agressivo, Trump afirmou que sua preferência ainda é por um novo acordo nuclear com Teerã, embora sua gestão tenha se retirado unilateralmente do pacto nuclear firmado durante o governo Obama.

Refletindo essa escalada de tensões, os contratos futuros de petróleo WTI subiram 1,6%, alcançando US$ 59,12 por barril, indicando o impacto imediato no mercado de energia diante das ameaças.

Compartilhe nas suas redes sociais
Categorias