
Trump Inicia Viagem pelo Golfo com Foco em Acordos Comerciais e Desafios Geopolíticos
O ex-presidente dos EUA busca consolidar parcerias comerciais e abordar tensões no Oriente Médio, incluindo o conflito israelense-palestino e o programa nuclear iraniano.
Donald Trump iniciou sua viagem ao Golfo Pérsico nesta terça-feira (13), com a Arábia Saudita como primeira parada, e seguirá para o Catar e os Emirados Árabes Unidos. A missão tem como objetivo fortalecer acordos comerciais em áreas chave como defesa, aviação e novas tecnologias, incluindo a Inteligência Artificial. A Casa Branca qualificou a visita como “histórica”, destacando a relevância estratégica dessa região para os interesses americanos, tanto no comércio quanto em questões geopolíticas.
Em sua viagem, Trump também pretende discutir o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza, especialmente após o resgate de um refém americano. Outro tema relevante será o programa nuclear iraniano, com a retomada das negociações mediadas por Omã. A visita segue uma tradição iniciada durante seu primeiro mandato, quando também escolheu a Arábia Saudita como seu destino inaugural.
Além de reforçar laços comerciais, a viagem também coloca em pauta a crescente influência do Golfo Pérsico na política global. O Catar, com sua atuação nas negociações de paz, e a Arábia Saudita, que tem se engajado em esforços diplomáticos relacionados à guerra na Ucrânia, são exemplos claros de como esses países estão ganhando importância no cenário internacional.
O príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, já anunciou um investimento significativo no comércio com os Estados Unidos, prometendo 600 bilhões de dólares. Um dos temas sensíveis será a compra de caças F-35 pela Arábia Saudita, um acordo que, segundo fontes próximas ao governo saudita, deve ser finalizado durante o segundo mandato de Trump.
Entretanto, não faltaram críticas à viagem. Um dos pontos controversos foi a aceitação por Trump de um Boeing 747-8 oferecido pela família real do Catar. Avaliado em 400 milhões de dólares, o presente gerou discussões sobre possíveis conflitos de interesse, especialmente por se tratar de uma aeronave que poderia substituir o Air Force One, o tradicional avião presidencial dos Estados Unidos.
Essa viagem, marcada por acordos comerciais e uma agenda geopolítica densa, certamente marcará mais um capítulo na relação entre os EUA e os países do Golfo, com implicações para o futuro da diplomacia americana na região.
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