
Trump muda regras e pressiona universidades a provar qualidade sem viés ideológico
Novo decreto exige mérito acadêmico, combate ativismo nas salas de aula e ameaça cortar financiamento de cursos com baixo retorno aos estudantes.
Em mais um movimento para reforçar sua marca no ensino superior, o presidente Donald Trump assinou nesta quarta-feira (23) um decreto que promete mudar a forma como faculdades e universidades dos Estados Unidos recebem apoio financeiro federal. A nova regra prioriza instituições que comprovem ensino de qualidade baseado em mérito e resultados reais, deixando de lado critérios ideológicos ou políticas de cotas.
A partir de agora, órgãos que avaliam essas instituições passarão por uma fiscalização muito mais rigorosa. Se aprovarem faculdades de baixo desempenho ou que impuserem exigências raciais, políticas ou de gênero, poderão ter suas autorizações canceladas. A Casa Branca afirma que é hora de acabar com o ativismo disfarçado de educação, e de devolver o foco para o verdadeiro preparo acadêmico.
O governo quer números na mesa: faculdades terão que apresentar dados concretos sobre taxas de conclusão dos cursos e o retorno financeiro dos diplomas. Quem cobra caro para entregar pouco poderá ver o dinheiro federal secar — especialmente em programas como financiamentos estudantis.
Segundo o decreto, o atual sistema de credenciamento está falido: muitas faculdades continuam abertas mesmo deixando estudantes endividados e sem boas perspectivas de emprego. Para ilustrar, o governo cita que apenas 64% dos estudantes que iniciaram a graduação em 2020 conseguiram se formar em até seis anos.
Outro alvo do decreto é o avanço de pautas ideológicas nos currículos. Trump criticou exemplos como a American Bar Association, que, segundo o governo, força critérios raciais em escolas de Direito — algo considerado ilegal pelo Departamento de Justiça. Práticas semelhantes também teriam sido identificadas em escolas de Medicina.
Entre as medidas práticas do decreto estão:
- Exigir relatórios claros sobre desempenho acadêmico, sem influência de raça ou gênero;
- Permitir a criação de novos órgãos credenciadores para estimular a concorrência e elevar a qualidade;
- Garantir liberdade acadêmica real, onde diferentes ideias possam coexistir — e não apenas um lado ideológico domine as salas de aula.
A secretária de Educação, Linda McMahon, será responsável por aplicar as novas regras, podendo negar, suspender ou cancelar o reconhecimento de instituições que falharem em atender às exigências.
O decreto ainda cria um programa-piloto para testar novas formas de avaliação e agiliza os processos de supervisão, com a meta de acabar com burocracias que atrapalham boas universidades. Segundo a Casa Branca, essas reformas buscam “reconstruir a confiança pública no ensino superior” e garantir que estudantes e famílias possam fazer escolhas informadas.