Trump muda regras eleitorais nos EUA e cita Brasil como referência em segurança
Subtítulo: Novo decreto exige comprovação de cidadania para votar e elogia biometria brasileira
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (25) um decreto que altera as regras do sistema eleitoral americano. A nova medida exige que os eleitores comprovem a cidadania antes de votar e cita o Brasil como um exemplo de segurança devido ao uso da biometria.
“A Índia e o Brasil, por exemplo, estão vinculando a identificação do eleitor a um banco de dados biométrico, enquanto os Estados Unidos dependem amplamente da autodeclaração de cidadania”, destaca o documento.
Embora já fosse proibido que estrangeiros votassem nos EUA, Trump alega que essa regra foi desrespeitada nos últimos anos. Para evitar fraudes, o decreto determina que os departamentos de Segurança Interna, de Estado e a Administração da Seguridade Social compartilhem um banco de dados federal com os estados, facilitando a verificação da cidadania dos eleitores.
Além disso, a nova norma impõe restrições à contagem de votos recebidos após o Dia da Eleição, uma prática que, segundo o documento, ainda ocorre em alguns estados. “Permitir que cédulas cheguem depois do Dia da Eleição seria como deixar alguém votar dias após a divulgação do vencedor, o que é absurdo”, argumenta o decreto.
Biometria no Brasil: referência para os EUA?
No Brasil, a biometria começou a ser implementada em 2008 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reforçando a identificação dos eleitores por meio das impressões digitais. O sistema impede fraudes, garantindo que cada eleitor seja identificado de maneira única antes de votar.
A decisão de Trump de citar o Brasil como exemplo surpreende, especialmente após anos de ataques do ex-presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro. Agora, o modelo que foi alvo de críticas no passado serve como inspiração para os Estados Unidos.
