
Trump promete corte radical nos preços de remédios: até 59% de redução nos EUA
Ex-presidente americano anuncia novo decreto para baratear medicamentos e insumos; proposta retoma ideia antiga e desafia indústria farmacêutica com política de “nação mais favorecida”
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou ao centro das atenções nesta segunda-feira (12) ao prometer uma redução drástica nos preços dos medicamentos no país: segundo ele, os remédios devem ficar 59% mais baratos com um novo decreto que pretende assinar ainda hoje.
A declaração vem na esteira de outra promessa feita por Trump no domingo (11), quando afirmou que os preços dos insumos médicos poderiam cair até 80%. As falas foram publicadas com entusiasmo na sua plataforma Truth Social, onde escreveu, em letras maiúsculas:
“PREÇOS DOS MEDICAMENTOS REDUZIDOS EM 59%, MAIS! Gasolina, energia, alimentos e todos os outros custos, REDUZIDOS. SEM INFLAÇÃO!”
A proposta mais ambiciosa envolve aplicar nos Estados Unidos a chamada política de “nação mais favorecida”. Na prática, isso significa que o preço dos medicamentos no país seria vinculado ao valor mais baixo pago por qualquer outra nação do mundo. Uma jogada que busca, segundo ele, equilibrar o jogo com o resto do planeta e aliviar o bolso dos americanos.
“Durante muitos anos, o mundo se perguntava por que os remédios vendidos aqui custavam tão mais caro do que em qualquer outro lugar. A resposta? Pressão da indústria e doações milionárias de campanha. Mas isso não cola comigo, nem com o Partido Republicano”, declarou Trump em tom desafiador.
Essa não é a primeira vez que ele tenta enfrentar o lobby farmacêutico. Durante seu primeiro mandato, de 2017 a 2021, Trump apresentou um plano parecido, mas acabou atropelado pela forte resistência do setor. Agora, com o cenário eleitoral esquentando, ele retoma o tema como bandeira de campanha – e como tentativa de se reaproximar da classe média americana, cada vez mais sufocada pelos altos custos com saúde.
No mês passado, Trump já havia assinado outro decreto abrindo espaço para que os estados negociem preços com fornecedores internacionais, buscando acordos mais vantajosos fora das amarras do mercado interno.
Se vai funcionar ou não, o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: Trump está apostando pesado na pauta da saúde para reconquistar os holofotes e, quem sabe, os votos.