
Trump Promete Deportar Imigrantes e Revogar Cidadania por Nascimento
Presidente eleito reforça postura anti-imigração e sinaliza mudanças drásticas nas políticas americanas
Em sua primeira entrevista após vencer as eleições, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (8) que deportará todos os imigrantes ilegais no país. Em conversa com a NBC, Trump também declarou que pretende revogar o direito à cidadania por nascimento logo no início de seu mandato, previsto para começar em janeiro de 2025.
Deportações em massa e o fim da cidadania automática
Trump reafirmou seu plano de campanha, garantindo que a deportação de cerca de 11 milhões de imigrantes em situação irregular será uma prioridade ao longo de seus quatro anos no poder. Apesar da promessa, ele não detalhou como implementará a medida, que exige acordos bilaterais com os países de origem dos imigrantes para viabilizar as devoluções.
Outra proposta polêmica destacada foi o fim da cidadania por nascimento. Atualmente, qualquer bebê nascido em território americano tem direito automático à nacionalidade, mesmo sendo filho de estrangeiros. Trump afirmou que essa mudança seria uma das primeiras ações de seu governo.
Uma chance para os “dreamers”
Embora mantenha seu discurso rígido, o presidente eleito mencionou estar disposto a negociar a situação dos “dreamers” — jovens trazidos ilegalmente ao país por seus pais. Durante seu primeiro mandato, Trump chegou a defender a deportação desse grupo, mas agora parece mais aberto a buscar uma solução legal para sua permanência.
Mudanças na política externa e impacto na Ucrânia
Na entrevista, Trump também revelou planos de reduzir a ajuda militar e financeira dos EUA à Ucrânia, um posicionamento que preocupa líderes europeus. A declaração foi feita um dia após um encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Paris, onde participaram de um evento ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron.
Enquanto Trump retorna à Casa Branca, as promessas de endurecimento nas políticas de imigração e a possível reconfiguração das relações internacionais já geram apreensão entre aliados e opositores. A entrevista completa será exibida na noite deste domingo pela NBC.