Trump Quer Salvar o TikTok: Disputa Vai à Suprema Corte dos EUA
Presidente eleito busca negociação para evitar banimento da plataforma
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, recorreu à Suprema Corte para tentar impedir o banimento do TikTok no país. Em meio a um debate acirrado sobre segurança nacional e liberdade de expressão, Trump propôs uma negociação política que assegure a permanência da plataforma de vídeos curtos no território americano.
TikTok no centro de uma batalha política
Recentemente, a Suprema Corte aceitou revisar a constitucionalidade de uma lei que proíbe o TikTok, sob alegações de que a plataforma representaria um risco à segurança nacional devido à sua conexão com a empresa chinesa ByteDance. No entanto, a legislação também prevê que o presidente dos EUA pode adiar a proibição caso um acordo satisfatório seja alcançado.
Trump, que assume a presidência em 20 de janeiro, argumentou em um documento oficial que precisa de mais tempo para negociar uma solução, evitando decisões judiciais precipitadas. Ele destacou sua experiência em negociações e disse possuir o “mandato político necessário para resolver a questão”.
Interesses políticos e negociações de bastidores
Embora não tenha divulgado detalhes de sua proposta, uma das possibilidades seria a venda parcial da ByteDance para uma empresa americana. Trump, que já foi crítico ferrenho do TikTok durante seu primeiro mandato, mudou de postura após utilizar a plataforma com sucesso em sua campanha de 2024, onde acumulou mais de 14 milhões de seguidores.
Além disso, ele usou como exemplo recente a suspensão temporária do X (antigo Twitter) no Brasil para criticar o impacto de decisões governamentais contra redes sociais. Em um evento em Mar-a-Lago, Trump chegou a dizer: “Talvez devamos manter essa coisa por mais um tempo”, sinalizando sua disposição para negociar.
Pressões e resistência política
Enquanto Trump busca salvar o TikTok, a pressão para manter a proibição é significativa. Senadores de diferentes espectros políticos, 22 estados americanos e figuras como o ex-presidente da FCC, Ajit Pai, pressionam a Suprema Corte para rejeitar qualquer acordo que mantenha a plataforma operando nos Estados Unidos.
A decisão da Suprema Corte, esperada para janeiro, será crucial para o futuro do TikTok no país e pode se tornar um marco em debates sobre segurança nacional e liberdade de expressão. Trump, por sua vez, segue confiante de que sua habilidade política será suficiente para evitar o banimento da plataforma.
