Trump reafirma tarifas sobre o Canadá, apesar de conversa “positiva” com Mark Carney

Trump reafirma tarifas sobre o Canadá, apesar de conversa “positiva” com Mark Carney

O presidente dos EUA mantém sua posição após diálogo com o premiê canadense, que promete retaliar com tarifas próprias

Mesmo após uma conversa considerada “muito positiva” com o primeiro-ministro canadense Mark Carney, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que seguirá com a implementação de tarifas sobre o Canadá. Em um evento na Casa Branca, Trump afirmou com firmeza: “Certamente vamos manter as tarifas”. Ele reforçou que, além do Canadá, vários outros países têm se aproveitado das relações comerciais com os EUA nos últimos anos, e que muitos já reconheceram isso, pedindo desculpas e até concordando com a imposição de tarifas.

Trump mencionou a Índia, destacando que o país aplica uma das maiores tarifas do mundo, classificando-a como “brutal”. Quando questionado sobre o impacto das tarifas nos preços de carros nos Estados Unidos, ele negou que isso provocaria um aumento. “Queremos uma redução nos impostos sobre os carros fabricados aqui no país”, explicou, sugerindo que, com as tarifas, seria possível reduzir outros encargos e gerar um “boom” econômico.

Após a conversa com Trump, Carney se manifestou, anunciando que o Canadá responderia com tarifas retaliatórias sobre produtos americanos, em vigor a partir de 2 de abril. Carney também alertou que o relacionamento histórico entre os dois países, marcado pela integração econômica e cooperação militar, chegaria ao fim. No entanto, o premiê canadense indicou que, após as eleições canadenses em 28 de abril, ambos os países iniciariam negociações para uma nova parceria econômica e de segurança.

Em outros assuntos internacionais, Trump destacou a importância da Groenlândia para a segurança global, mencionando a presença de navios de guerra chineses nas proximidades da ilha. Além disso, o presidente elogiou os drones do Irã, mas alertou sobre a necessidade de se manter vigilante quanto ao país, afirmando que uma colaboração com os iranianos seria desejável, mas “muito difícil”.

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