
Trump Retira EUA da OMS e Causa Preocupação Global
Presidente alega tratamento injusto em comparação com a China; especialistas alertam para riscos à saúde mundial
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (20) um decreto que oficializa a saída do país da Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante a cerimônia na Casa Branca, Trump criticou a organização, acusando-a de favorecer a China e afirmando que os EUA pagam mais do que deveriam para financiar a entidade.
“A OMS nos roubou”, declarou Trump, ao justificar a decisão. Atualmente, os Estados Unidos são o maior doador da organização, cuja sede está localizada em Genebra, contribuindo com recursos cruciais para suas operações globais de saúde.
Impactos na saúde global
Especialistas alertam que a saída dos EUA da OMS pode gerar uma série de impactos negativos, incluindo interrupções em programas essenciais de saúde global e perda de acesso a informações cruciais para a vigilância epidemiológica.
“Essa decisão enfraquece nossa influência, aumenta os riscos de pandemias e nos torna mais vulneráveis”, criticou Tom Frieden, ex-diretor de saúde pública no governo Obama.
Além disso, agências de saúde americanas e empresas farmacêuticas dependem da OMS para dados essenciais no desenvolvimento de vacinas e tratamentos. Lawrence Gostin, professor de direito em saúde pública da Universidade de Georgetown, advertiu que os EUA poderão enfrentar desvantagens na obtenção de vacinas, passando a ocupar “o fim da fila”.
Contexto e consequências
Trump já havia ameaçado retirar o país da OMS durante seu primeiro mandato, alegando que a organização foi influenciada pela China nas fases iniciais da pandemia de Covid-19. Agora, a decisão é oficializada em um momento crítico, quando os EUA enfrentam novos desafios, como surtos de gripe aviária e o risco de uma nova pandemia global.
A saída dos EUA também levanta questões sobre o futuro da OMS, que dependerá de uma reestruturação para lidar com a perda de um de seus principais financiadores. Enquanto isso, Trump ordenou que agências americanas busquem parceiros alternativos para assumir atividades que anteriormente eram coordenadas pela organização.
A medida polariza opiniões e reacende debates sobre o papel dos Estados Unidos na saúde global e nas respostas às ameaças sanitárias internacionais.