Trump troca conselheiro de Segurança Nacional e indica Waltz para a ONU
Em meio a polêmicas, presidente nomeia Marco Rubio para assumir interinamente a segurança nacional e envia Mike Waltz para representar os EUA nas Nações Unidas
WASHINGTON – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (1º) uma mudança importante no alto escalão do governo. Mike Waltz deixará o cargo de conselheiro de Segurança Nacional para assumir a função de embaixador dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU). No lugar dele, de forma provisória, entra o atual secretário de Estado, Marco Rubio.
A decisão foi divulgada pouco depois de vir à tona que Waltz e seu vice, Alex Wong, estavam de saída da administração. Em comunicado nas redes sociais, Trump elogiou Waltz, destacando sua trajetória militar, atuação no Congresso e compromisso com os interesses do país:
“É uma honra anunciar Mike Waltz como nosso próximo embaixador na ONU. Ele sempre colocou a América em primeiro lugar, tanto no campo de batalha quanto em Washington”, escreveu.
Com a mudança, Marco Rubio acumulará funções e atuará interinamente como conselheiro de Segurança Nacional, ao mesmo tempo em que continua à frente do Departamento de Estado. Trump destacou a continuidade dos esforços do governo:
“Rubio manterá sua liderança firme e, juntos, seguiremos trabalhando para tornar a América – e o mundo – seguros novamente.”
Essa acumulação de cargos não é inédita: o ex-secretário Henry Kissinger já ocupou as duas posições simultaneamente entre 1973 e 1975.
Polêmicas no histórico de Waltz
A saída de Waltz acontece após uma série de episódios embaraçosos. Em março, ele protagonizou o chamado “Signalgate” ao adicionar por engano o editor da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, a um grupo de autoridades no aplicativo Signal, onde estavam sendo discutidos ataques militares dos EUA contra os Houthis, no Iêmen.
Além disso, veio à tona que Waltz teria deixado sua conta no aplicativo Venmo – usado para transferências de dinheiro – aberta, o que expôs informações pessoais e movimentações públicas.
Críticos do próprio campo trumpista, como a ativista Laura Loomer, já demonstravam desconfiança em relação a Waltz mesmo antes das gafes. Segundo ela, o agora ex-conselheiro representa um segmento do Partido Republicano desalinhado com os ideais mais radicais de Trump.
