TSE julgou 6 de 16 ações contra Bolsonaro…
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está atualmente avaliando 16 casos de investigação relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que podem resultar na sua inelegibilidade. Uma dessas investigações será julgada pela Corte, e se concentra em determinar se houve abuso de poder político durante uma reunião com embaixadores estrangeiros.
As investigações no TSE abrangem os seguintes pontos:
- Declarações e ações de Bolsonaro que questionaram a integridade do sistema eleitoral brasileiro.
- Oferta de benefícios financeiros durante o período eleitoral, como antecipação do pagamento do Auxílio-Brasil e do Auxílio-Gás.
- Realização de eventos de campanha nos prédios oficiais do Palácio do Planalto e do Palácio da Alvorada, como o anúncio de apoios recebidos na disputa do segundo turno.
- Uso dos palácios do governo federal para transmissões ao vivo com intenção eleitoral.
- Transmissões ao vivo de Bolsonaro em prédios públicos para pedir votos para outros candidatos.
- Tratamento preferencial dado pela Jovem Pan à candidatura de Bolsonaro, incluindo a divulgação de notícias falsas contra o sistema eleitoral, ministros do STF e do TSE, bem como candidatos adversários.
- Utilização pela campanha de Bolsonaro de uma rede de apoiadores composta por líderes religiosos, organizações religiosas e empresários, sem a devida prestação de contas à Justiça Eleitoral.
- Envio automático de mensagens SMS com teor eleitoral, contendo conteúdo antidemocrático e ilegal, a partir de um número anteriormente associado a instituições do estado do Paraná.
- Realização de eventos de campanha durante o desfile cívico de 7 de setembro, usando o cargo para promover a candidatura.
- Criação de um ambiente de desinformação nas redes sociais que beneficiaria Bolsonaro.
- Discurso de Bolsonaro na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) com conotação eleitoral.
- Suspeita de desvio de finalidade na viagem de Bolsonaro ao funeral da Rainha Elizabeth e na Assembleia da ONU.
Os casos são conduzidos pelo corregedor-geral eleitoral, o ministro Benedito Gonçalves. Antes do julgamento, os processos passam por diversas etapas, conforme previsto na Lei de Inelegibilidades, incluindo manifestações das partes, coleta de evidências e depoimentos de testemunhas, além de alegações finais.
Ao final do processo, cabe ao tribunal decidir se as acusações procedem. Se confirmado, os envolvidos serão considerados inelegíveis e não poderão concorrer em eleições pelos próximos oito anos. Se as acusações forem consideradas infundadas, os ministros arquivarão os casos. Em ambos os cenários, cabe recurso.