Última bênção: Lula viaja a Roma para o adeus ao Papa Francisco
Comitiva brasileira terá Barroso, Alcolumbre e ministros; presidente presta homenagem ao pontífice e relembra encontros marcados por afeto e ideais comuns
Lula e líderes brasileiros se preparam para o adeus ao Papa Francisco
A despedida de um líder espiritual que marcou o mundo terá presença brasileira de peso. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que embarca para Roma na noite desta quinta-feira (25), por volta das 22h, para acompanhar de perto o funeral do Papa Francisco, falecido aos 88 anos após sofrer um AVC e uma insuficiência cardíaca.
Ao lado de Lula estarão figuras importantes do cenário político nacional: o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, que já confirmaram presença. Hugo Motta, atual chefe da Câmara dos Deputados, também foi convidado a integrar a comitiva. A primeira-dama Janja e ministros de Estado devem acompanhar o presidente, mas a lista oficial de nomes ainda será divulgada pelo Planalto.
As cerimônias de despedida começam no sábado, e o funeral deve reunir chefes de Estado e líderes religiosos de todo o mundo. Vladimir Putin, por exemplo, não estará presente, segundo informações do Vaticano.
Lula decretou luto oficial de sete dias no Brasil e lamentou a morte do Papa em nota emocionada:
“A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo.”
O presidente também relembrou os encontros que teve com Francisco, marcados por troca de palavras afetuosas e alinhamento em temas como justiça social, paz e solidariedade. Foram três encontros importantes: em 2020, pouco depois de deixar a prisão; em 2023, numa visita oficial à Itália; e no mesmo ano, durante a cúpula do G7.
“Nas vezes em que eu e Janja fomos abençoados com a oportunidade de encontrar o Papa Francisco e sermos recebidos por ele com muito carinho, pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça. Ideais de que o mundo sempre precisou. E sempre precisará”, declarou Lula.
O funeral de Francisco será conduzido com todos os rituais do Vaticano, incluindo visitação pública na Basílica de São Pedro e o tradicional Conclave, que definirá o próximo Papa. A sucessão já movimenta especulações, inclusive sobre possíveis cardeais “in pectore” — aqueles nomeados secretamente.
O mundo se despede de um Papa que buscou transformar a Igreja com coragem, mas também enfrentou resistências. No adeus a Francisco, líderes e fiéis se unem não só para chorar sua ausência, mas para reconhecer o legado de alguém que tentou, com gestos e palavras, aproximar a fé do povo.
