Um ministro do STF foi chamado para participar da festa de aniversário de Gusttavo Lima no iate de luxo na Grécia.
Imagine só a cena: enquanto o Brasil discute a suspensão do X, Kassio Nunes Marques, ministro do STF, está curtindo o aniversário do sertanejo Gusttavo Lima, não em qualquer lugar, mas a bordo de um iate de luxo em Mykonos, na Grécia. E não é um iate qualquer – estamos falando de uma embarcação avaliada em quase R$ 1 bilhão. Sim, bilhões! A festa foi regada a champanhe das marcas mais caras e serviu até carreteiro, aquele prato típico de festas sertanejas, mas com um toque de ostentação à la Mediterrâneo.
E aí, claro, vem a polêmica. Afinal, o ministro foi nomeado relator de uma ação crucial que tenta resolver o bloqueio do X. Como alguém que está no centro de uma decisão tão relevante vai parar em uma festa de alto luxo, ao lado de figuras como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado? A justificativa oficial? Ele estava por perto, em Roma, para um “compromisso acadêmico” e deu uma passadinha para parabenizar o cantor, que é seu amigo pessoal. Só uma visitinha rápida.
A assessoria do STF logo tratou de esclarecer: o ministro não dormiu no iate de Gusttavo Lima, mas em outro barco ancorado por ali. Ah, bom, isso melhora as coisas. O detalhe é que, mesmo depois da festança, o ministro fez questão de participar remotamente da sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porque responsabilidade em primeiro lugar.
Enquanto a festa continua repercutindo e dividindo opiniões, as questões sobre a ética profissional de um ministro do STF estarem em jogo. Será que é adequado participar de um evento tão glamoroso quando há decisões de grande impacto pendentes? O povo que assiste de longe, fica se perguntando se a imparcialidade e integridade nas funções do STF não estão, de alguma forma, ameaçadas por esses momentos de lazer extravagante.