Um reencontro sob aplausos: Bolsonaro e Valdemar dividem altar em missa
Afastados por decisão judicial, ex-presidente e líder do PL trocam abraço breve durante homenagem à mãe de Valdemar
Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, proibidos de contato desde fevereiro por decisão do ministro Alexandre de Moraes, protagonizaram um momento inesperado na missa de sétimo dia de Dona Leila Caran Costa, mãe do presidente do PL, nesta segunda-feira (9), em Mogi das Cruzes, São Paulo. Sob a liberação judicial que condicionava o encontro a evitar conversas sobre investigações em curso, os dois se abraçaram rapidamente no altar, em meio a gritos de “mito” dos apoiadores presentes.
A cerimônia ocorreu na Catedral de Sant’Ana, onde Bolsonaro e Valdemar sentaram lado a lado, separados apenas por aliados políticos como o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado, e o deputado estadual Lucas Bove. Apesar da proximidade, não trocaram palavras ou olhares durante a celebração.
No final da missa, Valdemar subiu ao altar para agradecer o apoio de amigos e de Bolsonaro na despedida de sua mãe, que teve uma trajetória marcante na cidade como ex-primeira-dama e presidente do Fundo Social. Após a breve fala, o abraço entre os dois líderes políticos marcou o encerramento da cerimônia, que reuniu também figuras como a vereadora eleita Zoe Martinez e o vice-prefeito eleito de São Paulo, Coronel Mello Araújo.
Do lado de fora, uma pequena multidão aguardava o ex-presidente, que foi recebido com gritos de apoio e palavras de ordem contra o atual governo federal. Bolsonaro chegou a segurar um bebê rapidamente antes de entrar no carro e deixar o local.
Valdemar, por sua vez, preferiu evitar contato com os apoiadores e entrou diretamente na igreja. Ele havia perdido a mãe no último dia 3, aos 99 anos, e conta com um histórico familiar de destaque na política local. Seu pai, Valdemar Costa Filho, foi prefeito de Mogi das Cruzes por quatro mandatos, deixando um legado importante na região.
A despedida de Dona Leila foi mais do que um momento de luto; tornou-se também um evento simbólico, reunindo aliados políticos e reforçando a imagem pública de Bolsonaro em meio a gritos de nostalgia e apoio.
