Vai-Vai é apontada por investigação como reduto do PCC

Vai-Vai é apontada por investigação como reduto do PCC

A escola de samba Vai-Vai, uma das mais antigas de São Paulo e detentora de 15 títulos do Carnaval, está sendo apontada em relatórios de investigação da Polícia Civil como um reduto do Primeiro Comando da Capital (PCC). Esses documentos fazem parte de um processo sigiloso de lavagem de dinheiro na Justiça de São Paulo, tendo o ex-presidente da agremiação, Luiz Roberto Marcondes Machado de Barros, conhecido como Beto da Bela Vista, como um dos alvos.

O relatório menciona que a escola, da qual Beto da Bela Vista faz parte do quadro diretivo, é considerada um reduto do PCC, chegando a expulsar alguns membros que eram policiais por esse motivo. As investigações foram desencadeadas após denúncias apontarem a ligação de Beto com a facção criminosa, e diligências de campo foram realizadas em endereços ligados a ele e outros membros da escola.

A Polícia também menciona que dados obtidos pelo Coaf reforçaram suspeitas de participação de Beto, sua esposa, sua mãe e outras pessoas em atividades de lavagem de dinheiro. A Vai-Vai, em resposta, afirma que Beto Bela Vista faz parte do conselho da escola e foi diretor no mandato anterior, sem que qualquer condenação o impeça de atuar.

Além disso, a escola declara que possui quase 1.500 membros cadastrados, incluindo policiais, sem especificar a quantidade. Outro indiciado na investigação é Marco Aurélio Barbosa, então diretor presidente do clube de futebol ligado à Vai-Vai, com ligações suspeitas a empresas envolvidas em lavagem de dinheiro.

O ex-presidente, Luiz Roberto, que possui um histórico criminal extenso, negou qualquer ligação com o PCC ou o fugitivo André do Rap durante seu depoimento à polícia. A escola nega a participação de Marco Aurélio Barbosa e Du Bela Vista na Vai-Vai, destacando que ambos não fazem parte da agremiação.

Essa não é a primeira vez que escolas de samba em São Paulo são relacionadas ao PCC, já que suspeitas de envolvimento datam pelo menos desde 2006, quando diretores da Império da Casa Verde foram presos sob suspeita de receber recursos da facção.

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